terça-feira, 4 de agosto de 2015

Vereadores não aparecem em pesquisa do PMDB, e partido nega ausência em função da Lama Asfaltica

Presidente do PMDB Junior Mochi. Foto: Wanderson Lara.Presidente do PMDB Junior Mochi. Foto: Wanderson Lara.
Mesmo os nomes dos vereadores que representam o PMDB na Câmara Municipal de Campo Grande terem ficado de fora da pesquisa interna realizada pela cúpula do partido para indicar um pré-candidato à prefeitura da Capital, o presidente do diretório regional da sigla e presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB) nega que o fato tenha ocorrido em função da Operação Lama Asfaltica.
Na lista de indicados, divulgada ontem (3) durante reunião de correligionários, aparecem  o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), os senadores Waldemir Moka (PMDB) e Simone Tebet (PMDB)  e o deputado federal Carlos Marun (PMDB). Segundo Mochi, o resultado da pesquisa feita há 15 dias foi coincidência. “Fizemos pesquisas quantitativas, e nós realizamos perguntas para avaliar o que a população pensa” disse o deputado, acrescentando “não sei se deu tempo de apreciar já com os impactos que possam ter surgido em função da operação Lama Asfaltica”, emendou.
Para o líder da bancada peemedebista na Assembleia, deputado Eduardo Rocha não houve predileção. “Não teve exclusão de ninguém, até porque o processo da Lama Asfaltica está em inquérito”, resumiu.  
Sob suspeita - Recentemente, o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Mário Cesar (PMDB) foi flagrado em escutas telefônicas com o empresário João Amorim, alvo de investigações da Operação Lama Asfaltica, supostamente negociando a cassação do ex-prefeito da Capital Alcides Bernal (PP). As conversas foram ouvidas por meio de interceptações telefônicas feitas pela Policia Federal, com autorização da justiça.
Logo após ser deflagrada a operação Lama Asfaltica, em 9 de julho, o  Ministério Público Estadual (MPE) abriu, no dia 22, inquérito para apurar eventual irregularidade consistente no pagamento de vereadores para votarem a favor da cassação do ex-prefeito Alcides Bernal, ocorrida em março de 2014. 
Antes da ação que reuniu agentes da Polícia Federal e Controladoria Geral da União, o nome da deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB), irmã de João Amorim também havia sido cogitado como opção do partido para pleitear a cadeira do Executivo Municipal em 2016. Desta vez, o nome de Antonieta não foi citado na pesquisa.
Questionada sobre o fato de que o desenrolar das investigações possa vir prejudicar uma possível pretensão de candidatura, a deputada foi taxativa. “A Elza foi funcionária da empresa [ex-secretaria da Proteco construções LTDA] muitos anos em que meu irmão [ João Amorim] é proprietário, é natural que eu conversasse  com ela. Meu trabalho sempre foi de agente político, nunca participei de nenhuma licitação”, disse acrescentando ainda  “estou focada em meu mandato, mas, estou a disposição do meu partido”,completou a deputada. 

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