A Câmara Municipal de Campo Grande, por determinação de seu presidente em exercício, Flávio César (PTdoB), instituiu a abertura da Comissão de Ética que irá investigar os nove vereadores conduzidos sob coerção ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) para depoimento no âmbito da operação Coffee Break, que investiga suposta compra de votos na Comissão Processante que, em março de 2014 cassou o mandato do prefeito eleito, Alcides Bernal (PP).
Ainda que não conste no Regimento Interno, a Comissão foi instituída com base em prerrogativa aberta em 2003, quando do caso de pedofilia envolvendo os vereadores Robson Martins e César Disney, que renunciaram na época.
A Comissão de Ética será presidida por João Rocha (PSDB) e terá como membros, Chiquinho Telles (PSD), Herculano Borges (SD), Ayrton de Araújo (PT) e Vanderlei Cabeludo (PMDB). Destes, Vanderlei Cabeludo e Ayrton de Araújo chegaram a ser ouvidos pelo Gaeco, na condição de testemunhas.
O PMDB, que teria direito a duas vagas, abriu mão de uma delas para o PSDB, e o PTdoB que com uma vaga, decidiu isentar-se da Comissão pelo fato de ter manter a presidência da Mesa Diretora.
Serão investigados os vereadores Mario Cesar, afastado do cargo de presidente da Casa, Edil Albuquerque, ex-lider do prefeito afastado Gilmar Olarte, e Paulo Siufi, todos do PMDB; Airton Saraiva (DEM); Chocolate (PP); Gilmar da Cruz (PRB); Edson Shimabukuru (PTB); Carlão (PSB); e Jamal Salém, ex-secretário de Saúde do Município, que retornou à Câmara após o afastamento do prefeito.
A decisão foi encaminhada para publicação no Diário Oficial do Município de Campo Grande (Diogrande). A Comissão terá o prazo de 90 dias para conclusão dos trabalhos e não interrompe a Comissão Processante que analisa o ex-prefeito Gilmar Olarte por corrupção e lavagem de dinheiro.
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