terça-feira, 8 de setembro de 2015

Paralisação de docentes da UFMS completa 90 dias sem indicativo de negociação


Professores diminuem contraproposta para conseguir reajuste.Foto: Wanderson LaraProfessores diminuem contraproposta para conseguir reajuste.Foto: Wanderson Lara
Profissionais da educação e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul realizaram hoje pela manhã (8) um manifesto em frente ao campus da UFMS com intuito de reafirmar a suspensão das atividades educacionais na instituição.
Segundo a professora de pedagogia da unidade de Aquidauana, Ana Paula Salvador Werrei, o protesto alerta para  a continuidade da greve até que seja efetivado um posicionamento definitivo para atender as reivindicações da categoria.  A paralisação já dura 90 dias. “ Sofremos grandes cortes  nas universidades. Aqui por exemplo, os cursos de pós –graduação  recebeu 75% de corte inviabilizando  defesas de teses, além de financiamento de pesquisa de extensão e outras atividades”, disse a professora.
A insatisfação não atinja apenas os cortes na educação. Uma das reivindicações dos docentes também integra a paridade e valorização salarial entre ativos, aposentados e pensionistas. “É uma luta muito grande, estamos aqui para dar apoio. Não queremos que cortem as bolsas  de extensão. No campus de Ponta Porã, por exemplo, não temos infraestrutura, há poucos professores”, colocou o acadêmico Gustavo Henrique Costa.
De acordo com Ana Paula Werrei, os professores, bem como o corpo técnico da UFMS  aguardam uma resposta até a próxima sexta-feira (11),  após reunião com o ministro da  Educação Renato Janine Ribeiro. “O governo nos deu um prazo até o dia 11 para  negociar.  Já apresentamos uma contraproposta. Antes era 27,3% de recomposição salarial, agora estamos pedindo 19,7%”, acrescentou.
As aulas estão suspensas  desde o dia 15 de junho, na UFMS. O movimento atinge, segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, 68 universidades.  Hoje, na manifestação estiveram presentes professores e estudantes de Aquidauana, Paranaíba, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande.

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