terça-feira, 8 de março de 2016

Saia justa: mulheres denunciam caos nos ônibus da Capital em evento com Bernal

Passageiras confirmaram denúncias do Midiamax

  • Lideranças femininas aproveitaram agenda com o prefeito para pedir melhorias no transporte coletivo (Fotos: Cleber Gellio)
  • Os problemas no transporte coletivo de Campo Grande foram lembrados por lideranças femininas que participaram de uma agenda com o prefeito Alcides Bernal (PP), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Críticas contundentes foram feitas contra o serviço, confirmando denúncias que o Jornal Midiamax tem feito sobre a precariedade dos ônibus que atinge todos os passageiros, mas causa mais transtornos para as clientes.
    Reclamando da demora de algumas linhas, principalmente nos finais de semana, a presidente do Coletivo e Comunidade de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul, Ana José Alves, afirmou que Campo Grande não tem políticas públicas eficientes para mulheres.
    “As mulheres precisam urgente de um transporte digno. Os ônibus estão sempre lotados, e mulheres com deficiência, grávidas e todas as classes sofrem com esses problemas“, afirmou Ana, que aproveitou a presença do prefeito para tecer suas criticas.

    Já Cleusa Pedrosa, da União Brasileira de Mulheres, classificou a qualidade do serviço do transporte coletivo da Capital como um ‘câncer’. “É um problema gritante e urgente. A população não tem oportunidade de vida social, e mulheres que precisam levar seus filhos ao medico de madrugada não podem porque os ônibus param de circular à meia noite”, desabafou.
    A presidente da Associação Comunitária de Mato Grosso do Sul, Cleuza Iermine, lembrou os casos de assédio que acontecem dentro dos ônibus e cobro providências das autoridades para coibir os abusos.
    Bernal afirmou que as reclamações foram ‘muito bem registradas’, e que revelou que já deu ordem de serviço para que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) faça uma fiscalização mais rigorosa no serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus.
    Pelo menos por enquanto, o prefeito alegou que não é possível falar em quebra de contrato com o Consórcio, porém pontuou que está agindo no sentido de reduzir o valor da passagem de ônibus na Capital. 
    Denúncias
    A afirmação do prefeito, de ampliação de fiscalização, já havia sido dada há duas semanas, quando o Jornal Midiamax noticiou que empresas do transporte coletivo urbano estariam 'escondendo' ônibus novos e mais confortáveis em seus pátios, sob o argumento de falta de demanda. Os veículos guardados nas garagens também consomem praticamente o dobro de combustível dos carros em circulação, alvos da reclamação da população. 
    A reportagem também verificou denúncias dos usuários sobre as condições dos terminais de ônibus de Campo Grande. Aliado à falta de segurança, que gerou inclusive ocorrências de assédio nestes locais, banheiros e pontos de parada não oferecem as mínimas condições de uso aos cidadãos

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