Mato Grosso do Sul está entre os 18 estados brasileiros que ficaram abaixo da média em investimentos na área da saúde. O Estado é o terceiro pior investidor em saúde do Brasil ficando na frente apenas de Pará (R$ 0,74 por habitante ao dia), Maranhão (R$ 0,77). Já os melhores investidores em saúde são: Distrito Federal, o primeiro colocado (R$ 3,27), Acre (R$ 2,92) e Tocantins (R$ 2,50).
Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29) pelo Conselho Federal de Medicina realizada em parceria com ONG Contas Abertas, o Estado gastou com cada habitante (per capita), em 2014, período pesquisado, R$ 0,80 por dia, R$ 0,58 abaixo da média nacional R$ 1,38. No total, o Estado investiu R$ 777.693.746,48 milhões na saúde pública em 2014, já a Capital investiu R$ 983.074.348,24 milhões.
Conforme pesquisa, União, estados e municípios reduziram os gastos com saúde em 2014 em relação a 2013. Em ritmo regressivo, as aplicações em saúde por parte da esfera pública, já corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caíram 0,93% entre 2013 e 2014, atingindo a cifra de R$ 290,3 bilhões, cerca de 3 bilhões a menos que 2013. Esse montante agrega todas as despesas na chamada “função saúde”, destinada à cobertura das ações de aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e outras com impacto direto na área. Boa parte desse dinheiro é usada também para o pagamento de funcionários, dentre outras despesas de custeio da máquina pública.
No cenário mundial, desempenho do Brasil é baixo - Dados do Global Health Observatory Data Repository, mantido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revelam que do grupo de países com modelos públicos de atendimento de acesso universal o Brasil era, em 2013, o que tinha a menor participação do Estado (União, Estados e Municípios) no financiamento da saúde. Esta é analise mais recente com relação ao tema.
Considerando a fatia pública do total das despesas em saúde, no Brasil, esse percentual é de 48,2%. A proporção é baixa se comparada ao verificado em países como o Reino Unido (83,5%), França (77,5%), Alemanha (76,8%), Espanha (70,4%), Canadá (69,8%), Argentina (67,7%) e Austrália (66,6%).
Em se tratando de despesas em saúde per capita, em dólares, o Brasil, que gasta US$ 1.085, incluindo os gastos feitos pelos setores público e privado. Seu desempenho só não está pior do que a Argentina (US$ 1.074). Estamos deficitários em relação a todos os demais países mencionados: Canadá (US$ 5.718), Alemanha (US$ 5.006), França (US$ 4.864), Reino Unido (US$ 3.598), Espanha (US$ 2.581).
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