Opositores venezuelanos protestam na embaixada do Brasil em Caracas
Opositores em greve de fome cobram posição clara de Dilma Rousseff.
Senadores brasileiros tentaram visitar presos políticos na Venezuela.
Um grupo de opositores venezuelanos em greve de fome protestou nesta sexta-feira (19) em frente à Embaixada do Brasil em Caracas cobrando uma posição da presidente Dilma Rousseff em relação à situação na Venezuela. O protesto ocorre um dia depois de um grupo de senadores brasileiros tentar, sem sucesso, visitar presos políticos naquele país.
"Presidente Dilma Rousseff, chegou o momento de fixar uma posição, é o momento de falar claro sobre o que acontece na região, uma comissão de senadores oficiais foi maltratada, foram agredidos, não se pode dar as costas para o que acontece", disse aos jornalistas o deputado do partido Vontade Popular (VP) Juan Guaido em frente à embaixada, de acordo com a agência EFE.
"O Brasil tem muito o que dizer a respeito, o Brasil tem muito o que fazer a respeito", afirmou o parlamentar opositor, que liderou o grupo em greve de fome há mais de uma semana apoiando um protesto iniciado pelo líder do partido, Leopoldo López, no dia 24 de maio. López foi detido há 19 meses na prisão militar de Ramo Verde, acusado de promover a violência na capital.
Os grevistas foram à sede da embaixada para entregar um documento dirigido a um grupo de senadores brasileiros que esteve ontem na Venezuela com a intenção de visitar os opositores na prisão, mas que não conseguiu ir muito além do aeroporto.
"O Brasil tem muito o que dizer a respeito, o Brasil tem muito o que fazer a respeito", afirmou o parlamentar opositor, que liderou o grupo em greve de fome há mais de uma semana apoiando um protesto iniciado pelo líder do partido, Leopoldo López, no dia 24 de maio. López foi detido há 19 meses na prisão militar de Ramo Verde, acusado de promover a violência na capital.
Os grevistas foram à sede da embaixada para entregar um documento dirigido a um grupo de senadores brasileiros que esteve ontem na Venezuela com a intenção de visitar os opositores na prisão, mas que não conseguiu ir muito além do aeroporto.
Visita
Viajaram à Venezuela o presidente da Comissão de Relações Internacionais, Aloysio Nunes (PSDB-SP), além dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC), segundo informações da assessoria do PSDB.
Viajaram à Venezuela o presidente da Comissão de Relações Internacionais, Aloysio Nunes (PSDB-SP), além dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC), segundo informações da assessoria do PSDB.
Por meio das redes sociais, os parlamentares relataram ter tido dificuldades para deixar o aeroporto da capital do país vizinho. Os senadores brasileiros foram cercados por manifestantes em Caracas, que cercaram o veículo e bateram nos vidros.
De acordo com relatos de Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) pelo microblog Twitter e pelo Facebook, o grupo foi "sitiado".
Diante da dificuldade, a comissão de senadores que viajou ao país nesta quinta-feira (18) decidiu retornar ao Brasil sem cumprir a agenda planejada.
O governo venezuelano não comentou a visita da delegação brasileira
Capriles pede desculpaO G1 entrou em contato com a Embaixada da Venezuela e o Palácio do Planalto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que o governo brasileiro "presta apoio" aos senadores, mas não que não possui informações sobre o que será feito. O Itamaraty aguarda decisão dos parlamentares para dizer o que fará sobre a viagem deles ao país.
O líder opositor do governo venezuelano e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, atribuiu ao presidente Nicolás Maduro as dificuldades que os senadores brasileiros enfrentaram em Caracas nesta quinta.
"Que vergonha mandar bloquear @NicolasMaduro a passagem da delegação Senadores Brasil", afirmou o opositor em sua conta no Twitter. "Em nome do nosso povo pedimos desculpas à Delegação Senadores Brasil @AecioNeves Não confundam @NicolasMaduro com essa nobre pátria", complementou.
"Que vergonha mandar bloquear @NicolasMaduro a passagem da delegação Senadores Brasil", afirmou o opositor em sua conta no Twitter. "Em nome do nosso povo pedimos desculpas à Delegação Senadores Brasil @AecioNeves Não confundam @NicolasMaduro com essa nobre pátria", complementou.
Presos políticos
Os senadores brasileiros pretendiam visitar na prisão os opositores Leopoldo López e Daniel Ceballos e se reunir com Antonio Ledezma, que está em prisão domiciliar depois de ser operado no final de abril.
Os senadores brasileiros pretendiam visitar na prisão os opositores Leopoldo López e Daniel Ceballos e se reunir com Antonio Ledezma, que está em prisão domiciliar depois de ser operado no final de abril.
Ceballos está em uma das sedes da polícia política da capital. Ele foi detido em março de 2014 e enfrenta um processo por sua suposta vinculação com as manifestações violentas que ocorreram na cidade de San Cristóbal na época em que era prefeito.
Já Ledezma foi preso há quatro meses e espera julgamento por sua suposta conspiração contra o governo de Maduro.
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