segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Giroto ignora Lama Asfáltica e faz campanha do PR em Rio Verde


Sumido da Capital, o ainda presidente do Partido da República neste fim de semana no interior de MS

O ex-secretário do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, parece não ter se abalado após ter o seu nome envolvido em um dos maiores escândalo de Mato Grosso do Sul, com a deflagração da megaoperação batizada de Lama Asfáltica pela Polícia Federal. Os agentes desmantelaram a organização criminosa especializada em fraudar licitações de obras públicas que envolvia empresários, servidores e políticos do Estado, tendo Giroto como um dos principais investigados.

Giroto que se manteve distante da polêmica e evitou falar com a imprensa durante o mês julho, postou em sua página no Facebook neste final de semana, que estava no interior do Estado, 'fortalecendo os laços do Partido da República', ao qual é filiado, visando as próximas eleições.

O encontro aconteceu na cidade de Rio Verde, onde Giroto se encontrou com o vereador Flavio Brito, ex-prefeito do município Willian Brito e com o atual presidente municipal do partido José de Oliveira. A reunião com a liderança aconteceu no último sábado (1º).

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O ex-secretário estadual de obras, Edson Giroto, um dos grandes alvos da operação Lama Asfáltica, apresentou o inquérito de investigação ao seu partido logo que o caso veio à tona. Ele disse que o documento possui questões totalmente “defensáveis”. E isso, foi o bastante convencer o Partido da República (PR), a tomar partido na defesa do ainda presidente da sigla. Os deputados Paulo Correia e Grazielle Machado, ambos do PR, foram os primeiros a defender Giroto, afirmando que ele continua na presidência do PR.

A Polícia Federal aponta que dos 5.000 contratos que envolvem o nome do ex-secretário, há irregularidades, além da MS 430, na construção da Avenida Lúdio Coelho, próxima ao aeroporto e na construção do Aterro Sanitário localizado no bairro Dom Antônio Barbosa.

Lama Asfáltica
A operação foi deflagrada no último dia 9 de julho, em que os agentes da Polícia Federal cumpriram 19 mandados de busca e apreensão de documentos. A casa do ex-secretário de Obras do Estado, Edson Giroto chegou a ser vistoriada no dia pelos policiais.

Segundo o advogado de Edson Giroto, José Valeriano, os policiais teriam levado da casa quatro notebooks e até a semana passada, ainda não tinha tido acesso ao inquérito realizado pela Polícia Federal. O caso foi encaminhado para o Ministério Público Federal e segue tramitando em segredo de Justiça.


A Operação Lama Asfáltica investiga a organização criminosa que teria fraudado diversas licitações em obras públicas de Mato Grosso do Sul. Até o momento, a polícia estima prejuízos de 11 milhões aos cofres públicos sobre o montante fiscalizado, que pode chegar a R$ 45 milhões.

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