Os parlamentares acreditam ainda que a pressão dos professores deve aumentar durante a realização das sessões
Depois de 14 dias de folga, os vereadores de Campo Grande já se preparam para enfrentar clima tenso e pesado na volta dos trabalhos da Câmara Municipal, nesta terça-feira (4). Quando entraram no recesso, a Operação Lama Asfáltica já tinha ocorrido, mas ainda era cercada de mistério. Agora, com todo o turbilhão de informações e denúncias, a situação promete ser desafiadora para os parlamentares.
Existem diversas manifestações previstas para ocorrer na Casa de Leis sobre a Operação Lama Asfáltica, porém, os parlamentares evitam o assunto, dando um destaque maior para a pressão realizada pelos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) sobre a greve.
Para o vereador Loester Nunes (PMDB), as denúncias da Lama Asfáltica se voltaram apenas para políticos, sendo que o correto seria a população direcionar a culpa dessa situação aos empresários envolvidos no escândalo. "Na Lama Asfáltica as pessoas só enxergam os políticos e esquecem de culpar também os empresários envolvidos nisso, cai tudo sobre os políticos".
Já o vereador Eduardo Romero (PT do B) destacou a pressão que a Casa enfrenta diante da presença constante dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) nas sessões ordinárias, solicitando o apoio dos parlamentares para que o Prefeito cumpra Lei Municipal 5.411/2014 que prevê reajuste de 13,01%, referente à integralização do piso salarial para 20 horas, Romero destaca que acredita que a pressão deve aumentar.
"Eu acredito que essa pressão vai aumentar, nós estamos apoiando os professores, a pressão política é necessária, o homem público tem que defender esses processos. Eu tenho feito isso constantemente, me reuni com o Secretário de Governo, Paulo Matos e pedi que isso seja resolvido o mais rápido possível, isso é prioridade na Capital".
Concordando com as afirmações de Romero, a vereadora Luiza Ribeiro (PP) que já estava na Câmara Municipal na manhã de hoje dando sequência aos trabalhos, ressaltou que os vereadores devem continuar apoiando a categoria e pressionando o prefeito para que a lei seja cumprida. "O prefeito tem o dever de cumprir a lei e nós vamos continuar apoiando a categoria, eles buscam o direito deles que deve ser cumprido".
Além disso, Luiza cobrou rigor na apuração dos culpados por fraudar as licitações de obras públicas, conforme revelado pela Operação Lama Asfáltica. "Os envolvidos devem ser punidos assim como todos aqueles que desviam recursos de forma geral", destacou.
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