Para vereadores, Bernal é culpado das acusações da CPI do Calote
A notícia de que pedido de afastamento do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), foi negado pela Justiça surpreendeu vereadores da capital, em especial aos de oposição.
Nesta terça-feira (6), durante sessão na Câmara, o presidente do Legislativo, Flavio Cezar (PT do B), afirmou, em entrevista à imprensa que o pedido do MPE (Ministério Público Estadual), ratifica a decisão da Câmara de cassar Bernal, em março de 2014.
Para o vereador Chiquinho Telles (PSD), a decisão da Justiça deve ser acatada, mas o trabalho da Câmara na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote não foi falho e apresentou provas concretas que validaram cassação. “Ordem judicial a gente cumpre e não discute, acreditamos na Justiça, as todo dia as coisas mudam, o cenário político muda”, diz Chiquinho.
Com mesmo discurso, o vereador Carlão (PSB) reforça tese que Bernal foi culpado das denúncias apresentadas na CPI do Calote e minimiza decisão alegando que “no mundo jurídico cabem várias interpretações”. “Eu não vi ainda a decisão, mas nesse mundo jurídico cabem interpretações. Agora cabe ao Ministério Público se defender, se eu acuso alguém de alguma coisa eu vou procurar provar que não estou enganado.”
Carlão, entretanto, voltou a defender posicionamento da Casa de Leis por ter cassado mandato de Bernal em 2014 reafirmando que decisão da Câmara pela cassação foi isenta de cunho político.
“A Câmara sempre falou e vai falar que foram cometidas várias irregularidades. O próprio Ministério Público Federal agora tornou Bernal réu em processo sobre distribuição de merenda. A Câmara vai continuar provando que fez tudo dentro da legalidade, mas essa briga não vai acabar agora, até porque a Câmara não vai nem pode desistir de provar que tudo dentro da lei”.
Os demais vereadores não atenderam ligações nem retornaram recados.
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