sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Olarte se mantém isolado "escondido", divulga frases evangélicas e se prepara para falar


O advogado do prefeito afastado, Jail Azambuja garantiu que o celular continua com os investigadores do Gaeco, mas uma foto com mensagem evangélica foi atualizada no perfil do aplicativo

Gilmar Olarte disse que provará inocência e evita contato com a imprensa - Foto: Geovanni GomesOlarte se mantém isolado, divulga frases evangélicas e se prepara para falar
Gilmar Olarte disse que provará inocência e evita contato com a imprensa - Foto: Geovanni Gomes
O advogado do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP por liminar), Jail Azambuja, afirmou aoTopMídiaNews que seu cliente decidiu não se pronunciar através da imprensa e se mantém isolado.  Jail explicou que Olarte afirmou que, diante de vários pedidos de entrevistas, prefere se manter incomunicável.

Olarte se prepara, ainda conforme o advogado, para a possibilidade de convocar uma coletiva de imprensa na próxima semana. O objetivo será "explicar" as denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual.

Sobre o celular pessoal do pastor, o advogado garante que ainda está nas mãos dos investigadores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Como o aplicativo possui a alternativa "visto por último", onde as pessoas tem acesso ao último horário em que as mensagens do aplicativo foram abertas, é possível perceber que constantemente as mensagens de Olarte estão sendo vistas.

Mas uma incógnita fica no ar, já que até quarta (22), não havia foto no perfil do prefeito afastado e ontem amanheceu com uma imagem com a frase "Se a sentença não veio de Deus, ela não terá poder sobre nós". Além disso, o whatsapp de Olarte agora possui frase no status "Não posso atender chamadas, só WhatsApp" e o perfil foi visto por último às 00h05.

Se o celular está nas mãos dos investigadores, alterações estão sendo feitas e o que chama atenção é que elas "tem tudo a ver" com o gosto de Gilmar Olarte, já que na foto do perfil, uma mensagem evangélica foi colocada.

Entenda o caso

O desembargador Luiz Cláudio Bonassini, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, acatou o pedido de prisão, impetrado pelo Ministério Público Estadual, contra o prefeito afastado Gilmar Olarte e do megaempresário João Amorim, na Operação Coffee Break, do Gaeco, que investiga compra de votos para a cassação de Alcides Bernal.

A decisão foi confirmada no dia 1º de outubro e oficiais de Justiça foram até a casa de Olarte e Amorim, mas ambos não foram encontrados. Amorim se entregou no mesmo dia na sede da Delegacia de Repressão a Roubo a Banco e Sequestros (Garras) e Gilmar se entregou nas primeiras horas do dia 2 de outubro, na 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande e foi encaminhado para o Presídio Militar Estadual.

Amorim conseguiu ser solto após entrar com um pedido de Habeas Corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O advogado de Olarte também ingressou um pedido, mas o pedido não foi acatado e Olarte ficou preso cinco dias.

Desde o dia que deixou a prisão, Gilmar Olarte se mantém isolado, aguardando o resultado da Operação.


O pedido de afastamento dos parlamentares que possivelmente apoiaram Olarte na articulação de cassação, Coringa (PSD), Carla Stephanini (PMDB), Carlão (PSB), Edil Albuquerque (PMDB), Edson Shimabukuro (PTB), Eduardo Romero (PTdoB), Flávio Cesar (PTdoB), Chiquinho Teles (PSD), Gilmar da Cruz (PRB), João Rocha (PSDB), Jamal Salem (PR), Airton Saraiva (DEM), Otávio Trad (PTdoB), Paulo Siufi (PMDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Delei Pinheiro (PSD) e Chocolate (PP) foi negado.

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