domingo, 25 de outubro de 2015

Bernal diz estar “tranquilo” com pedido de entrega de celulares ao Gaeco


Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) não teme análise do Gaeco em seu celular/Wanderson LaraPrefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) não teme análise do Gaeco em seu celular/Wanderson Lara
Após nova suspeita de compra de votos, agora favorecendo o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) orientou para que os vereadores que votaram contra a cassação entregassem seus celulares de forma espontânea, para apurar se também houve alguma combinação de votos, inclusive do próprio prefeito.
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Rebatendo a “nova linha” de investigação, durante visita a Câmara de Vereadores para esclarecer a presença de policiais militares na sessão, supostamente para proteger a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), após vazamento de seu depoimento no Ministério Público, Bernal afirmou tranquilidade e confiança nos rumos das investigações. “Eu penso que a população já está cansada de tudo o que está acontecendo. A Operação Coffee Break se tornou de conhecimento público, ouviu depoimentos e já tem um embasamento. Agora é uma questão que só cabe ao poder judiciário e ao Gaeco tomar providências. Não tenho nada a temer, eu confio no poder judiciário, confio no Ministério Público, confio na Polícia Federal e confio no Gaeco. Penso que o trabalho que eles estão executando é um trabalho sério, idôneo e as pessoas podem confiar nas autoridades”, pontuou Bernal. 
“Efeito contrário”
A solicitação dos celulares dos que votaram contra a cassação de Bernal deve-se a informação de que o ex-secretário de saúde de Gilmar Olarte, vereador Jamal Salem (PR) teria dito que Bernal organizou um esquema de compra de votos com intenções opostas, para que os vereadores recebessem dinheiro e cargos em troca de votarem contra a sua cassação.
Com a denúncia, o Gaeco informou na sexta-feira (23) ao MS Notícias, que foi solicitado aos vereadores que entreguem seus celulares para análise de forma voluntária até o prazo da próxima terça-feira (27). Caso essa solicitação não seja atendida, será analisada a justificativa de cada parlamentar para a não entrega dos aparelhos e a partir de então, medidas judiciais podem ser adotadas. Jamal foi chamado pela Justiça e seu depoimento está marcado para segunda-feira (26) às 09h30 na sede do Gaeco. 
Investigações
A Operação Coffee Break, é um desmembramento de outras duas operações, a Adna e a Lama Asfáltica. O prefeito Alcides Bernal (PP) foi cassado em março de 2014 por 23 votos. Voataram favoráveis à cassação: Vanderlei Cabeludo, Carla Sthepanini, Edil Albuquerque, Mario Cesar, Paulo Siufi, todos do PMDB; Coringa, Chiquinho Teles, Delei, do PSD; Flávio César, Otávio Trad, e Eduardo Romero, do PTdoB; Chocolate (PTB); Jamal Salem (PR); , Grazielle Machado (PR); João Rocha, Rose Modesto, do PSDB; Alceu Bueno (Ex-PSL), Airton Saraiva (DEM), Gilmar Cruz (PRB), Carlão (PSB), Juliana Zorzo (PSC), Edson Shimabukuro (PTB), Elizeu Dionízio (PSDB). 
Votaram contra a cassação os vereadores José Orcírio dos Santos (Zeca do PT), Alex do PT, Airton Araújo (PT), Cazuza (PP), Paulo Pedra (PDT) e Luiza Ribeiro (PPS). OMS Notícias entrou em contato na manhã deste sábado (24) com o vereador Jamal Salem e com os vereadores que votaram contra a cassação, porém até o fechamento desta matéria nenhum parlamentar atendeu ou retornou as ligações.

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