Por José Tolentino
Nas tratativas do 'golpe político', idealizado pelo ex-governador André Puccinelli, pelo ex-prefeito Nelsinho Trad e pelo então vice-prefeito Gilmar Olarte, os vereadores Jamal Salem e Paulo Siufi, acordaram com o pastor, a divisão em partes iguais da Secretaria de Saúde de Campo Grande, fato flagrado em escutas realizadas pelo Gaeco, com autorização judicial.
Na 'negociata' o cargo de secretário ficaria com Jamal, o adjunto seria indicado por Olarte, os demais cargos seriam divididos igualitariamente, meio a meio, e os 'lucros' obtidos com as atividades ilícitas que seriam deflagradas, também seriam divididos em partes iguais.
Pelo lado dos vereadores, tudo foi encaminhado por Siufi, que era a voz de comando. Jamal, um sujeito meio abobalhado, queria apenas faturar...
E, de fato, faturaram, ganharam muito dinheiro, para tanto, detonaram a saúde do município.
Tanto é verdade que quando o prefeito Alcides Bernal reassumiu o cargo encontrou uma situação catastrófica, uma verdadeira calamidade. A dupla de médicos promoveu um verdadeiro 'tsunami' de incompetência administrativa e de ilicitudes no setor de saúde da cidade.
Aliás, a ânsia com que todos os vereadores golpistas ocuparam os espaços da gestão ilegitima do pastor, foi algo absurdo e sem precedentes. A impressão que ficou é que pretendiam recuperar o tempo perdido e que pressentiam que a 'farra' poderia acabar a qualquer momento. Assim, promoveram na saúde e nos demais setores da gestão pública um verdadeiro festival de falcatruas, algo inimaginável e incalculável.
Em meio a algazarra, o tal Jamal -, numa reunião do Conselho de Saúde, com a presença do Ministério Público, consignou em ata que um acordo com os médicos permitia que eles realizassem 'plantão fantasma'. Ou seja, o meliante documentou a falcatrua.
A promotora presente não titubeou... Mesmo após uma tentativa de retratação, resolveu investigar.
Deu no que deu...
Ele, Siufi e mais alguns médicos terão que devolver mais de um milhão para os cofres do município.
O problema é que tem muito mais coisa para ser investigada. A farra foi muito grande...
José Tolentino
Editor do Jornal da Cidade Online
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