quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Vereadores suspendem sessão por não gostar da presença de policiais no local


Aline dos Santos e Antonio Marques
Aqui ninguém é bandido, ninguém é assassino, reclama Saraiva. (Foto: Marcos Ermínio)"Aqui ninguém é bandido, ninguém é assassino", reclama Saraiva. (Foto: Marcos Ermínio)
A presença de dois policiais à paisana e armados, que fariam a “escolta” da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e seriam lotados no gabinete do prefeito Alcides Benal (PP), provocou confusão na Câmara Municipal nesta quinta-feira.

A sessão foi interrompida quando o vereador Airton Saraiva (DEM) informou ao presidente da Casa de Leis, vereador Flávio César (PTdoB), a presença de policiais armados. Segundo Saraiva, o regimento não permite pessoas armadas no plenário, mesmo que sejam policiais. O parlamentar ainda disse que os policiais estavam no local fazendo a segurança da vereadora.
“Aqui ninguém é bandido, ninguém é assassino. O plenário é parte política da Casa”, afirmou Saraiva. A sessão foi suspensa e os vereadores rumaram para reunião fechada. À imprensa, Saraiva afirmou que são policiais lotados no gabinete de Bernal.
“Esse é o relacionamento que o prefeito quer te com a Câmara? Não precisa disso. Aqui é lugar do debate político. Vai que uma pessoa despreparada, num momento mais intenso de debate, saque uma arma e atire num vereador, num jornalista”, declarou Saraiva.
Hoje foi o primeiro dia em que Luiza Ribeiro foi à Câmara após vir a público seu depoimento à força-tarefa do MPE (Ministério Público do Estado), que apura denúncias de fraudes em obras. Luiza relatou que há proteção dos vereadores ao grupo investigado.
A repercussão foi negativa e a vereadora foi duramente criticada pelos vereadores, pois não apresentou provas das denúncias. Nesta quinta-feira, pelo menos no plenário, o tom foi amistoso. A vereadora cumprimentou os colegas um a um e nenhum se negou a lhe estender a mão. A expectativa é de que Luiza faça um pronunciamento na Câmara. A reportagem não conseguiu falar com a vereadora sobre a polêmica da escolta. Os policiais deixaram o plenário

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