O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece "furioso" com as buscas da Operação Zelotes na empresa LFT Marketing Esportivo, de seu filho Luís Cláudio está tomando. No contexto, além de incomodado com a investigação, de acordo com o site Folha de São Paulo, Lula acusa a presidente Dilma Rousseff (PT) de não apoiá-lo, que a situação passou dos limites e que “só ouve” o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Em sua análise, Cardozo só quer “aparecer” e que pode destruir o projeto político do PT em nome do combate à corrupção. Em São Paulo, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, tentou amenizar a crise e acalmar Lula. "O governo não tem qualquer interferência nas investigações. Agora, nem a Operação Lava Jato nem a Zelotes podem ser a agenda do país. Precisamos virar essa página”, disse Wagner.
“Futuro político”
De acordo com Lula, a Polícia Federal tem cometido abusos e citou que sua candidatura em 2018 pode ser prejudicada com as investigações e enfraquecê-lo politicamente. Lula estará na quinta-feira (29) em Brasília, para participar da reunião do diretório nacional petista, e vai pregar uma forte reação do partido ao que chama de "ofensiva" para destruir o PT e o seu legado.
Operação Zelotes
A Operação Zelotes foi deflagrada no dia 26 de março deste ano com o objetivo de desarticular organizações criminosas que atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) causando grande prejuízo aos cofres públicos. Os crimes investigados na operação são: Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de Influência, Corrupção Passiva, Corrupção Ativa, Associação Criminosa, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.?
Nesta fase, a Polícia Federal investiga suposta negociação na edição de três medidas provisórias que beneficiaram empresas investigadas na Operação Zelotes, que teve nova fase deflagrada nesta segunda-feira (26). De acordo com a investigação, suspeita-se que houve manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais Carf, ligado ao Ministério da Fazenda, onde foram desviados mais de R$ 19 bilhões.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas MMC Automotores, representante da Mitsubishi no Brasil, e CAOA Montadora Veículos, importadora da marca Hyundai teriam participado da "empreitada ilícita", junto com dois escritórios de consultoria. O MPF identificou o "potencial de propina pela aquisição" da Medida Provisória 471/2009, que foi convertida na Lei 12.218/10.
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