Michel Faustino
A greve dos bancários completa nesta quarta-feira (21) 16 dias e deve continuar por mais um tempo. Na tarde de hoje, a categoria rejeitou a terceira proposta de reajuste apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e decidiu manter a paralisação. A greve tem adesão de praticamente 100% da categoria. Na Capital, 95% das agências estão fechadas.
De acordo com a secretária geral do Sindicato dos Bancários, Neide Saab, ontem foi apresentada proposta de reajuste prevendo o reajuste de 7.5% sem o abono salarial de 2.5%, que foi rejeitada. Ainda, proposta de 5.5% mais o abono, que também não passou.
Na tarde de hoje, em uma nova rodada de negociação, a Federação propôs o reajuste de 8.75%, sem o abono salarial.
Conforme Neide, o reajuste proposto não é condizente, tendo em vista que é compatível, tendo em vista que está abaixo do índice da inflação. “Hoje a inflação está em 9.88%. Não temos como aceitar um rebaixamento de proposta”, disse.
Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.
A proposta inicial apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).
Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.
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