quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Esposa de Delcídio desmente contratação de advogado e garante ‘ele não fará delação premiada’



Foto: ReproduçãoFoto: Reprodução
Esposa do senador Delcídio do Amaral (PT), Maika do Amaral desmentiu nesta quarta-feira (9) a informação de que o petista contratou o advogado e especialista em delações premiadas, Antônio Figueiredo Basto para fazer a sua defesa. “Isso não existe. O que tem sido publicado pela mídia é mentira”, afirma. Questionada sobre o fato de Delcídio fazer ou não a deleção premiada, Maika foi enfática. “Ele não fará delação premiada”, frisou.
A afirmação da esposa do senador contradiz informações publicadas pela mídia nacional nesta terça-feira (8), que foram repassadas pelo advogado Maurício Leite, por meio de nota à imprensa, na qual confirma a contratação de Antônio Figueiredo. 
Por meio de nota, o  Mauricio Leite, confirmou a contratação de Basto. "A defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) informa que o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto foi contratado", diz o texto. 
Antônio Figueiredo Basto ficou nacionalmente conhecido após fechar delações relevantes para as investigações na Operação Lava Jato, entre elas a do doleiro Alberto Youssef  e a do dono da UTC, Ricardo Pessoa. Segundo informações divulgadas pela imprensa, o advogado, que tem escritório em Curitiba, teria se encontrado, em Brasília com Delcídio nesta terça-feira. Conforme  órgãos da imprensa, ambos tiveram a primeira conversa na sala onde o senador está preso, na superintendência da PF. O senador cumpre prisão preventiva, sem prazo determinado. 
Na terça, o petista foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de impedir e embaraçar a investigação de infrações penais que envolvem organização criminosa (com pena de 3 a 8 anos) e patrocínio infiel (6 meses a 3 anos), que é quando o advogado trai o interesse de seu cliente, e exploração de prestígio (com penas de 1 a 5 anos).
A aceitação ou rejeição da denúncia caberá à 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal ( STF). O colegiado é composto pelos ministros Teori Zavascki (relator da Lava Jato na Corte), Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Se a denúncia for aceita, os acusados passam a ser considerados réus num processo penal. Delcídio do Amaral está há duas semanas preso na superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

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