'Câmara não pode ser injusta, mesmo que homenagens sejam polêmicas'
O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador João Rocha, do PSDB, afirmou ao TopMídiaNews que o corpo jurídico da Casa de Leis deve analisar os projetos referente às homenagens de 'título de visitante ilustre' a duas personalidades: o advogado e procurador do Estado de São Paulo, Miguel Nagib, do movimento 'Escola Sem Partido', homenagem proposta por Paulo Siufi (PMDB), e o polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), apoiado pelo vereador Roberto Durães (PSC).
"A Câmara está conversando e analisando sobre esses pedidos. Pelo que vimos, não há nada que implica ou impede deles serem homenageados. No caso do Jair Bolsonaro, por exemplo, ele é um deputado federal, possui uma conduta ilibada, até mesmo porque ocupa um cargo de responsabilidade. Agora, quando um parlamentar encaminha um solicitação, ele justifica o motivo, e aí, que nós temos analisar se pode ou não", explicou Rocha.
Conforme o presidente, todos os parlamentares possuem o amplo direito de homenagear quem quiser. "Mas o que nós não podemos é ser injustos. Por exemplo, não podemos fazer confusão sobre opiniões e posições políticas e a pessoa que será homenageada. Às vezes, uma declaração pode ou não desagradar alguém, mas se ela possuiu uma conduta boa como pessoa, não há impedimento para que ela não seja homenageada".
E ainda continuou. "Por exemplo, nós temos a questão do também deputado federal Jean Wyllys, ele também é do outro extremo, se chegar um pedido vamos analisar. Agora não podemos sofrer influências e tomar decisões com base na sua vida pessoal ou pela sua orientação sexual ou simplesmente pela sua opinião, temos que ser justo com todos".
João Rocha também disse que não teme pela opinião pública, caso seja concretizado as honrarias. "É claro que tudo isso são situações polêmicas, nós neste momento vivemos um momento delicado, mas nós também precisamos estar sobre o ônus da responsabilidade. Às vezes, tomamos decisões que desabonam um e outro não, às somos forçados a tomar decisões que não nos agradam, mas precisamos fazê-las. E às vezes tomamos decisão que acabam agradando. Mas o nosso trabalho é esse, é desta forma, nem sempre podemos agradar, mas tudo o que fazer estão dentro do embasamento jurídico e respaldados nas leis. Temos que respeitar a meritocracia", finalizou.
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