segunda-feira, 2 de maio de 2016

Crise política e prefeitura negativada afetam Reviva Centro


Nessa semana, Campo Grande conseguiu sair do CADIN, mas projeto segue travado


Por conta de instabilidade no cenário político nacional, o empréstimo de US$ 56 milhões junto ao BID (Banco Internacional de Desenvolvimento), destinado ao Projeto Reviva Centro, em Campo Grande, segue valendo só no papel.

Além da crise política, a restrição do município no Cadin (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal), que só deixou de valer nesta semana, pode dificultar o andamento do projeto. O prefeito Alcides Bernal, do PP, conseguiu reverter a situação no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, mas a revitalização da região central da cidade ainda segue travada.

De acordo com a Coordenadora da Central de Projeto da Secretaria Municipal de Governo, Catiana Sabadin Zamarrenho, embora tenha alguns embaraços, o trâmites para o empréstimo junto ao BID estão caminhando. "O empréstimo do BID foi negociado junto com o governador federal. Uma análise foi feita e nós tivemos um parecer favorável feito pelo Tesouro Nacional".

Segundo ela, agora o próximo passo é passar pela análise do CAD. "Como há essa clima de instabilidade política, não há um prazo para que seja analisado. Mas nós esperamos que até maio esteja tudo pronto para que possamos fazer a execução da licitação para iniciar o projeto".

Sobre o Cadin, Alcides Bernal conseguiu retirar o nome de Campo Grande da lista de inadimplentes nesta semana, liberando a parte burocrática do empréstimo.

O Projeto
De acordo com Katiana, devido ao câmbio menor e outros projetos do Programa de Aceleração do Crescimento que estão disponíveis para a Capital, será possível investir parte do recurso do BID em outras áreas.

"O projeto prevê revitalizar o quadrilátero entre a Rua Calógeras, Rua 26 de Agosto, Rui Barbosa e Rua Maracaju. Porém, nessas via há a previsão para ser instalado o corredor do ônibus do PAC Mobilidade. Então, com esse recurso disponível do BID poderemos aplicar investimos em outras áreas, como no Mercado Municipal, Horto Florestal e na Pensão Pimentel".

O grande desafio do projeto será a revitalização da Rua 14 de julho. "Essa obra vai desde a Fernando Correia da Costa até a Avenida Mato Grosso. Essa será uma obra complicada, porque será necessários fazer algumas mudanças e inclusive o embutimento dos fios de alta tensão. No entanto, o tempo estimado para essa obra será de 20 meses até finalizarmos. O projeto todo, como fizemos, terá o prazo de cinco anos até ser concluído", explicou.

A prefeitura deverá utilizar como contrapartida recursos oriundo PAC Mobilidade, no valor de R$ 190 milhões. "Esse recurso vendo do fundo do FGTS e já está assinado na Caixa Econômica Federal. Todo esse projeto está feito em cima dos recursos disponíveis para que lá frente não falta recurso para terminá-lo".

Além da revitalização, a prefeitura ainda estuda fazer um plano de habitação na região central da cidade. "Essa parceria será com o setor público-privado". O prazo para a prefeitura utilizar o recurso do PAC é de quatro anos e do BID, cinco anos para que as obras possam ser iniciadas e o Executivo não precise devolver o recurso.

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