Leonardo Rocha
Baseada na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT), a PGR (Procuradoria Geral da República) pediu a abertura de inquéritos para vários políticos, no STF (Supremo Tribunal Federal). Neste pacote tem duas investigações contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e uma sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, existem duas linhas de apuração contra Aécio Neves, sendo a primeira sobre o recebimento de propina de Furnas e a outra, que o tucano "maquiou" dados do Banco Rural para esconder o mensalão do PSDB. Se o ministro do STF, Teori Zavascki, abrir os inquéritos, o senador passará a ser investigado pela Operação Lava Jato.
Outro processo enviado por Rodrigo Janot, procurar-geral da República, atinge nomes fortes do PMDB, como Renan Calheiros e também do senador Romero Jucá (PMDB-RR), braço direito do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), no Congresso Nacional. Neste caso a suspeita é sobre envolvimento em propina nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.
Delcídio citou em sua delação que os peemedebistas receberam propina no valor de R$ 30 milhões, junto com integrantes do PT, por isso os senadores podem ser investigados. No caso referente ao Banco Rural, o deputado tucano Carlos Sampaio (PSDB-SP), ligado a Aécio, também tinha conhecimento das irregularidades.
A delação atingiu ainda o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rêgo e o deputado Marco Maia (PT-RS), em função da participação na CPI Mista da Petrobras, tendo a acusação de participar de um esquema para extorquir empresas, que poderiam ser investigadas. Para saírem do foco, precisamos repassar recursos para campanha eleitoral.
Este esquema dentro da CPI ainda contava com a cobrança de "pedágios", para que empresários, como Léo Pinheiro, Júlio Camargo e Ricardo Pessoa, não fossem convocados. Na delação do senador, consta que os três tinham que jantar em Brasília, todas as segundas-feiras, para negociar esta propina.
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