Sindicato da Polícia recusa proposta salarial do governo e prefere greve
O sindicato da Polícia Civil do Estado (Sinpol) não aceita a proposta salarial que, segundo o governo, tornaria o sexto melhor salário do país para a categoria. A entidade “recusou as melhorias”e preferiu a greve. O governadorReinaldo Azambuja lembra que mesmo em meio à crise econômica que afeta as finanças públicas em todo o Brasil, o Governo de Mato Grosso do Sul ofereceu uma série de melhorias para os policiais.
O sindicato rejeita o reajuste escalonado. Na proposta o governo se compromete com seis pontos: reajuste escalonado para a categoria, reposicionando entre as seis melhores remunerações do Brasil até 2018; fim da custódia de presos em delegacias até 2018; manutenção da paridade e integralidade por aposentadoria; aumento de vagas na Polícia Civil; criação da 4ª classe com implantação escalonada da diferença; revisão das diárias e ainda o pagamento de abono no valor de R$ 200.
Durante as discussões com o sindicato, o secretário Eduardo Riedel afirmou que o governo tem feito grande esforço para atender as reivindicações da Polícia Civil e de todos os servidores, mas ressaltou que o Estado tem limite imposto pela lei para aumentar as despesas. “Reconhecemos que os servidores precisam de melhorias, mas não vamos conseguir corrigir, de uma só vez, as distorções que se acumularam ao longo de anos”, ressaltou Riedel.
"Apesar da crise, conseguimos, dentro do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, oferecer um avanço na tabela de remuneração no qual os policiais darão um salto, saindo de 13º para 6º melhor salário do Brasil. E não é só salário. A categoria terá políticas de valorização que vão além do reajuste, como o fim da custódia de presos, que é uma reivindicação de anos”, acrescentou o secretário.
Na contramão, o sindicato exige reajuste imediato para os policiais civis que aumenta o salário inicial de R$ 3.668,00 para R$ 5 mil, ou seja, 1.332,00 a mais. A proposta do governo é pagar o reajuste, mas em três parcelas, até 2018.
Este mesmo acordo que a direção do Sinpol recusou foi aceito em 2013, na gestão do ex-governador André Puccinelli. Na época, também houve ameaça de greve. Mesmo assim, Puccinelli pagou o reajuste em três parcelas (maio 2013/maio 2014/ janeiro 2015). A última delas, inclusive, foi quitada no início da gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
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