segunda-feira, 2 de maio de 2016

Greve dos agentes penitenciários inicia hoje e MS oficializa proposta


Assembleia nesta tarde definirá próximos passos da categoria


Foto: Geovanni Gomes/Arquivo
Foto: Geovanni Gomes/Arquivo
Desde a semana passada já havia paralisações em algumas unidades penais de Mato Grosso do Sul com diversas restrições de atividades, mas hoje (2), oficialmente se inicia a greve dos agentes penitenciários. Eles reivindicam melhorias trabalhistas e solução dos problemas estruturais noticiados recentemente, como o clima de terror em que muitos agentes convivem.

“Já estávamos fazendo mobilizações desde a semana passada. Hoje só está havendo atividades de banho de sol, saúde e assuntos relacionados ao Judiciário. Está tudo parado, todas as unidades penais inclusive aberto, semiaberto e patronatos”, destacou o vice-presidente do Sinsap/MS (Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul), agente Lourival Pereira da Mota.

Ele adiantou que a greve foi aprovada em assembleia no dia 7 de abril e o sindicato se reunirá com o governo do estado, nesta manhã (2), para formalizar a contraproposta. A princípio, a proposta do governo é o abono de R$ 200 reais e alteração de parte artigo 54. Mas o sindicato informou que não tem como se posicionar, enquanto não formalizarem a negociação para a categoria.

Os agentes estão sendo convocados para uma assembleia geral às 14h30 de hoje, na sede do sindicato, para tratar sobre a devolutiva do governo sobre a reposição salarial e aumento em cima do ganho real da categoria. Além disso, o encontro vai definir qual o posicionamento dos agentes frente ao proposto pelo governo e decidir sobre a suspensão ou continuidade da paralisação. Em caso de continuidade, será formada uma comissão de greve.

"A categoria precisa do apoio de todos, precisamos que o governo nos enxergue e tenha conhecimento das nossas insatisfações enquanto trabalhadores. O que vamos tratar em assembleia é muito mais do que a valorização dos nossos servidores, é nossa segurança, são nossas condições de trabalho e são nossos salários que precisam de reajuste", afirmou o presidente do sindicato, André Santiago.

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