Projeto segue para análise do prefeito Alcides Bernal que pode vetar a proposta
Michel Faustino e Antonio Marques
A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, por volta das 14h desta quinta-feira (12), projeto de lei que prevê o reajuste linear de 9.57% aos cerca de 22 mil servidores municipais. As discussões se estenderam por toda a manhã e foi acompanhada por centenas de funcionários municipais, que atuam no setor administrativo, agentes de saúde, professores e odontólogos.
No início da manhã, o prefeito Alcides Bernal (PP) havia enviado à Câmara um substitutivo ao projeto original de 2.79%, prevendo um acréscimo de pouco menos de 1%, passando para 3,31% a todos os servidores municipais, já considerando a infração dos último quatro meses.
Entretanto, os vereadores rejeitam a proposta e incluíram uma nova emenda anulando o projeto e passando o reajuste para 9.57%. O índice é semelhante ao oferecido por Bernal em março deste ano e rejeitado pelos parlamentares a pedido dos servidores. A diferença é que, a proposta inicial previa o cumprimento do índice de forma parcelada, em duas vezes.
O presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), reitera que o valor estabelecido está dentro do que foi proposto pelo próprio prefeito.
“Nós respeitamos o prefeito e fizemos aquilo que ele pediu. Deixamos ele a vontade para conceder esse reajuste e espero que ele tenha dignidade de ir a imprensa e nos agradecer por termos aprovado do jeito que ele queria”, disse.
O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais), Marcos Tabosa, reiterou a fala do presidente e afirmou que a decisão da casa de leis vai de encontro com o pedido dos servidores.
Questionado sobre as limitações da lei eleitoral, que impede que o Executivo conceda índices superiores ao da inflação acumulada no ano de eleição, o sindicalista afirma que outros município do Estado tiveram decisões semelhantes nos últimos meses, sem qualquer impedimento.
“A gente tem o caso de Três Lagoas, Corumbá e Iguatemi que aprovaram reajuste acima da infração mesmo depois do fim do prazo. É uma questão de boa vontade”, finaliza. Aprovado, o projeto segue agora para analise do Executivo
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