Durante a realização do projeto Câmara Comunitária, os vereadores fizeram batida em locais visitados e nada foi feito até o momento
Os moradores da região Leste de Campo Grande ainda permanecem sem ter acesso aos serviços públicos básicos oferecidos pela administração municipal da Capital. O fato foi constatado pelos vereadores, durante a realização do projeto Câmara Comunitária, nesta quarta-feira (4). Os parlamentares retornaram aos bairros Serradinho, Jardim Carioca e Nova Campo Grande após 46 dias da primeira visita realizada na região.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, a região foi a primeira a ser visitada quando iniciou o projeto Câmara Comunitária, no entanto, apenas alguns problemas foram solucionadas pelo Executivo. "Por exemplo, aqui na Rua Sete, no Jardim Carioca, havia um problema com uma mina d'água que estava jogando água na via pública e o local estava intransitável. Pelo que vimos, o problema foi aparentemente solucionado".
O líder comunitário do bairro Serradinho, Jorge Luz de Souza, explicou ao presidente, que o trabalho foi feito após a denúncia da Câmara. Souza chegou a questionar sobre a forma como foi feito o trabalho na Rua Sete, no Jardim Carioca e levantou a hipótese, de que o curso d'água que existia no local pode ter sido transferido para a rede de esgoto. Porém, nada foi comprovado.
Líder Comunitário do Serradinho, Jorge Luz. Foto: Geonvanni Gomes.
Na Escola Municipal Sebastião Lima, localizada no Bairro Serradinho, o vereador Waldecy Chocolate, do PTB, iniciou a visita e constatou algumas irregularidades e inclusive a falta de alimento. Na entrada da cozinha, a reportagem constatou restos de comida jogados em um balde armazenado sem acondicionamento adequado, exalando mau cheiro.
"Nós verificamos aqui a questão da falta de limpeza dentro da escola e no entorno, além da questão da alimentação. Ao entrar na dispensa, percebi que não havia carne e nem verduras na unidade, mas a diretora que nos atendeu, disse que o abastecimento acontece toda quarta-feira, mas somente na hora do almoço", explicou o parlamentar.
A diretora da escola Rosângela Starte, comentou ainda com o presidente da Câmara Municipal, João Rocha, sobre a limpeza do lado externo da unidade. "Nós estávamos esperando a equipe da Sedesc para vir limpar. Eles haviam agendado para a semana passada, mas bem no dia, choveu e não tivemos sorte".
Rosângela ainda explicou que a prefeitura encaminha duas vezes ao ano, equipes para fazer a limpeza da escola. "Geralmente é em janeiro e junho ou julho antes das aulas e no período de férias. Mas quando sei que há equipes por perto fazendo a limpeza, eu vou até eles, para pedir que deem uma passada na escola. Fora isso, geralmente a gente convoca um mutirão com os pais e alunos para fazer a limpeza".
Logo depois, os vereadores foram para a Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Delmiro Gouveia. No momento da visita, o local estava cheio de pessoas que procuraram o local para tomar a vacina. Lá, em relação a primeira visita, nenhuma irregularidade foi constatada. Porém, um ex-funcionário do local, disse ao presidente João Rocha, que o local precisa de reformas porque não consegue comportar mais o número de pessoas que procuram pelo atendimento.
Uma cratera se abriu em uma das ruas que dá acesso ao bairro Serradinho. Foto: Geovanni Gomes.
Em outro ponto da região Leste, no Bairro Nova Campo Grande, os parlamentares receberam denúncia que algumas ruas do bairro estavam intransitáveis. Embora algumas vias estivessem em boas condições, em outras haveria a necessidade de cascalhamento, considerando que as ruas não são pavimentadas. "Mas o maior problema aqui é falta de limpeza das ruas. É possível ver muito mato alto próximo às residências. Nós viemos aqui na primeira vez, mas nada foi feito aqui", relatou o presidente João Rocha.
Os vereadores ainda foram em uma praça visitada pela primeira vez, na Praça Nova, localizada no bairro Nova Campo Grande, na Rua 60. "Nós vimos que ela continua abandonada e nada foi feito. O mato continua alto e as pessoas estão impossibilidade de terem o acesso ao lazer", disparou o Rocha.
Praça abandonada. Foto: Geovanni Gomes.
De acordo com o presidente, a Câmara assumiu uma nova estratégia e não divulga mais os locais em que farão as blitze, justamente, porque a prefeitura estaria maquiando alguns pontos em que os vereadores estariam presente. "Então, aqui nesta região, apena um problema pontual foi resolvido, mas todos os demais continuam e a população ficam sem ter acesso aos serviços públicos que deveriam ser oferecido pelo Executivo". Novas blitze estão programadas para acontecerem, inclusive, nos pontos já visitados.
Além do presidente João Rocha, estavam os vereador Chocolate e Ayrton Araújo, do PT.
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