terça-feira, 3 de maio de 2016

Demitir terceirizados da Seleta e Omep pode causar caos social, diz Bernal

Plano de trabalho será apresentado à Justiça

Foto, Divulgação, Eder Andrade, PMCGFoto, Divulgação, Eder Andrade, PMCG
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), revelou que vai encaminhar à Justiça um Plano de Trabalho com as propostas de demissões de terceirizados do município contratados via Seleta e Omep, já que mandar embora os 4,3 mil como pedido pelo MPE (Ministério Público Estadual) inviabilizaria serviços prestados à população.
“São milhares de pessoas que estão trabalhando em Ceinfs  (Centros de Educação Infantil) e escolas. Se a Justiça determinou a demissão, todos que estiverem em situação irregular serão demitidos. Só não posso desmobilizar os Ceinfs, escolas e causar um caos social levando 4,5 mil pessoas para a rua”, afirmou Bernal.

Na avaliação do progressista a situação é ‘um problema sério’ que vem desde a época dos ex-prefeitos André Puccinelli (PMDB) e Nelsinho Trad (PTB). Inicialmente, a prefeitura prevê demitir 500 pessoas, e pontua que em alguns casos não cabe ‘rescisão, mas sim investigação criminal’.
Bernal voltou a falar que uma comissão especial foi instituída na prefeitura para avaliar o caso, e espera que a Justiça acate seu pedido. “É um magistrado culto e que está agindo dentro do que sua função determina, ele há de entender as dificuldades que estamos vivenciando. É um problema e vamos solucionar”, disse o prefeito, referindo-se ao juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, da comarca de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho.
Pedidos
Alcides Bernal confirmou a constatação do Ministério Público de que vereadores da Capital indicaram uma série de ‘apadrinhados’ à prefeitura via Seleta e Omep, e também falou sobre uma tia sua que atua em um Ceinf da Capital.
“Ela está trabalhando no Ceinf Flamingos, supervisora pedagógica, se dedica quase em tempo integral e está trabalhando. Não é pelo de ter o sobrenome Bernal que ela passa a ser uma pessoa que não possa estar trabalhando. Só sou advogado hoje graças ao ensino que ela ministrou. Ela merece todo respeito”, finalizou. 

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