terça-feira, 4 de agosto de 2015

ACREDITE SE QUISER: Mario Cesar nega golpe e diz que culpa de cassação é de Bernal


Conversa com empreiteiro foi 'fato isolado', diz vereador
  • Presidente da Câmara em entrevista coletiva antes da sessão desta terça (Cleber Gellio)
  • “Não pode, por um fato isolado, tentarem estragar tudo o que aconteceu desde 2012, desde a eleição do Bernal”, disse em entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (4), o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB). Ele nega que um golpe tenha sido organizado, com interferência do empreiteiro João Amorim, para cassar o então prefeito, Alcides Bernal (PP).

    Escutas feitas pela Polícia Federal, no bojo da Operação Lama Asfáltica, revelam conversas entre Mario Cesar e João Amorim, dono da Proteco Construções e apontado como pivô de esquema de desvio de verbas públicas mediante fraudes em licitações em diferentes esferas do poder público. Em tais ocasiões, o assunto seria a cassação de Bernal, sugerindo forte influência do empresário na obtenção do quórum necessário para tirar o pepista do cargo.
    “Hoje, está parecendo que uma ligação resultou na cassação. Não se pode perder toda a história”, justifica-se o presidente da Câmara. Segundo ele, a gestão de Bernal fez a Prefeitura enfrentar uma estagnação, chegando à inadimplência de fornecedores e, mais tarde, à decisão de cassá-lo.
    Mario Cesar lembra ter havido várias reclamações de que a Prefeitura não funcionava. “Nem funções importantes estavam preenchidas. Reclamavam de falta e má qualidade de merenda, falta de medicamentos. Recebemos uma vista do Amauri Riciotti (corregedor do Ministério Público Estadual), que cobrou uma posição da Câmara. Depois, o prefeito começou a não pagar nenhum fornecedor em Campo Grande”, elenca o peemedebista.
    O vereador vai além: “fizemos várias audiências públicas (para discutir a situação da Prefeitura), em uma delas reclamaram que não saía alvará de construção e Habite-se, houve até desemprego no setor”. “Não cabe à Câmara dizer que uma pessoa é culpada. Quem tem que responder pela cassação é quem foi cassado”.
    Mario Cesar disse relacionar-se com várias pessoas, tanto por questões pessoais como representando a Câmara Municipal. “(João Amorim) não tem influência nenhuma no Legislativo, a cassação (de Bernal) não foi motivada por um grande empresário”, refuta o peemedebista.

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