Partido definiu quatro pré-candidatos
Antes da Operação Lama Asfáltica, ao menos três vereadores e uma deputada estadual do PMDB eram tidos como pré-candidatos para concorrer à Prefeitura de Campo Grande. No entanto, em reunião na segunda-feira (3), foram anunciados quatro possíveis candidatos, dos quais o grupo não foi incluído.
De acordo com o presidente estadual do partido, o deputado estadual Junior Mochi (PMDB), a escolha do candidato peemedebista para 2016 ficará entre o deputado federal Carlos Marun, que já anunciou oficialmente sua intenção de disputar a eleição, o deputado estadual Marquinhos Trad e os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet.
Anteriormente, cogitava-se os nomes dos vereadores Mario Cesar, presidente da Câmara Municipal, Paulo Siufi e Carla Stephanini e da deputada estadual Antonieta Amorim. João Amorin, investigado pela Polícia Federal, é irmão da deputada estadual, que era esposa do ex-prefeito Nelsinho Trad em boa parte do mandato dele como prefeito de Campo Grande e já havia firmado vários contratos com a Prefeitura de Campo Grande.
Já sobre os vereadores, escutas da Polícia Federal, que investiga, dentre outras coisas, favorecimento em licitações e desvio de R$ 11 milhões, a Polícia Federal também identificou áudios que, segundo a investigação, indicam tratativas para comprar vereadores e cassar o mandato de Alcides Bernal (PP).
Nesta terça-feira, quando serão retomados os trabalhos na Câmara Municipal, está previsto um manifesto, que tem como base as escutas da Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica.
Operação Lama Asfáltica
A Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) realizaram a operação na última quinta, quando cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, visando obter detalhes de contratos com um dos maiores empreiteiros do Estado, João Alberto Krampe Amorim dos Santos.
Policiais ficaram trancados por quase cinco horas com João Amorim na residência dele, na Vila Vendas, mas também foram a uma das empresas dele, a Proteco Construções Ltda., residência do ex-deputado Edson Giroto (PR) e na Secretaria de Obras do Estado, que também tinha contratos com Amorin. Quatro servidores foram afastados do Estado.
Por eliminação, Marun pode sobrar como nome do PMDB na Capital
Concorrentes não demonstram interesse no cargo
Apesar de faltar um ano para as convenções, peemedebistas consideram que o partido já tem o nome praticamente escolhido para a disputa da Prefeitura de Campo Grande. Oficialmente, o partido fala em quatro pré-candidatos, mas a falta de vontade de três coloca o deputado Carlos Marun, ex-secretário de Puccinelli na Prefeitura e no Governo, como favorito por 'eliminação'.
O deputado Marquinhos Trad (PMDB) é o primeiro que deve esvaziar a lista dos peemedebistas. Ele já anunciou que não será candidato pelo PMDB e aguarda apenas possível abertura de janela partidária para deixar o partido e concorrer em Campo Grande.
A senadora Simone Tebet (PMDB) também deve deixar esta fila em breve. Recém-eleita, ela tem mais de sete anos de mandato no Senado, o que praticamente afasta a possibilidade de ser a candidata do partido. “Ela está muito bem nas pesquisas, mas tem um mandato inteiro no Senado”, explicou o esposo, deputado Eduardo Rocha (PMDB).
Quarto na lista, o senador Waldemir Moka (PMDB) também não está empenhado em ser candidato. Ele já declarou por diversas vezes que o objetivo principal dele é a reeleição ao segundo mandato como senador, em 2018.
Adversários cogitavam a candidatura de Moka antes da Operação Lava Jato. Alguns acreditavam que ele seria lançado por André Puccinelli (PMDB) para livrar o caminho dele para 2018. Com a eleição de Moka, Puccinelli poderia se candidatar ao Senado ou ao governo do Estado em 2018, conforme suas possibilidades.
Com a Lama Asfáltica, não é possível prever se o ex-governador será mesmo candidato. Ele já declarou que estava aposentado, mas vivia deixando escapar que poderia concorrer novamente, "caso a dor do parto não passasse
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