terça-feira, 4 de agosto de 2015

Presidente da Câmara e vereadores tomam café amargo no retorno do recesso


Os vereadores temem, mas terão que enfrentar a Democracia hoje. Se “Vereador gosta de Vereador”, que seus 29 votos bastem para elegê-los.
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  • Campo-grandenses manifestam indignação contra vereadores em redes sociais - Foto: reprodução Facebook
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  • Campo-grandenses manifestam indignação contra Prefeito em redes sociais - Foto: reprodução Facebook
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  • Professoresmanifestam indignação contra vereadores em redes sociais - Foto: reprodução Facebook
A Lama Asfáltica acendeu a luz no meio do túnel, e hoje os vereadores terão o desafio de enfrentar a prática do exercício da democracia. E no tumulto que deverá comandar a sessão de retorno da Câmara, talvez soe patética a 'campainha' pedindo que as manifestações sejam contidas. Hoje talvez venha a ser o divisor de águas que descortinará a intenção, ou pretensão, do poder legislativo.
Será a Casa do Povo, ou as grades que separam eleitores de eleitos irá representar uma democracia de valores menos éticos e morais? A Democracia não se manifesta de outra forma que não seja ruidosa. Ainda que se peça que as manifestações sejam por símbolos gestuais, não há como conter o grito da indignação.
Como elaborar um discurso que defina “Café” como a bebida nacional, e apenas isso? Será difícil explicar o “trabalho intenso em prol de uma cidade melhor”. Impossível explicar o valoroso trabalho de quem pretende, “em nome do povo”, dar condições e apoio para que, quem sabe(?), o improvável se faça digno.
Como bem disse o jornalista Valfrido Silva: “O negócio é dormir e esperar no amanhecer, de onde virá o barulho das sirenes do Gaeco”. Por enquanto elas descortinaram os palanques eleitorais, aquele das promessas, do currículo montado, do caráter ilibado, das intenções plenas, mostrando a crua realidade da luta para se conquistas a profissão “Político”.
Se houverem discursos que busquem explicar o inexplicável, soaram como o lamento das “bacias das almas”, como na definição que diz “Última oportunidade oferecida como piedade, quando outas oportunidades foram deixadas de lado ou esquecidas”. A bacia das almas é o artifício final dos que não têm quaisquer outros recursos, por conseguinte terão que vender por um preço baixo uma cópia remedada da verdade.
Hoje a Câmara estará tomada, não de eleitores, mas de consciências. A maioria estará representando algo além da candidatura deste, ou daquele. Algo até que parecerá estranho para os que compõem os peões no tabuleiro de xadrez da negociata entre poder público e poder econômico/privado.
Talvez hoje os vereadores se confrontem com sua pequenez, meros peões do tabuleiro, os primeiros a serem descartados por aqueles que manipulam as peças. Quem sabe venham a entender que por mais valiosas as peças e por mais nobre que se faça parecer esse jogo, são apenas isso: peças manipuláveis.
Quem se arrisca a antever os confrontos que se darão entre a verdadeira democracia, representada na manifestação popular que se dará na Casa que deveria ser sua, e os seus representantes que pouco têm feito além de rogar, quase que de joelhos, pequenos consertos, quando deveriam “formular” governos para, e pelo, povo.
Após tantas denúncias, escancaradas e escarradas, quais serão as justificativas? Será que os amigos do “Cafezinho” virão socorrê-los? Sequer parece ter condições de socorrer a si próprios.
Qual será a pauta dessa sessão? Novas suplementações orçamentárias para aumentar ainda mais os valores pagos às empresas de cafezi... digo, de prestação de serviços. Quanto mais do nosso suado dinheiro irá para recolher os dejetos que não aumentam na mesma proporção que os “adicionais” de contrato?
O Rei está nu. O presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB) esgotou seu próprio discurso de retomar o “peso da Democracia” e suas prerrogativas como representante mais direto e próximo do eleito - definitivamente não da população - e não tem como explicar que a Casa de Leis que comanda, ou a maioria dos vereadores que a integra é favorável à gestão deste ou daquele (e deste, pode-se afirmar, tem recorde de reprovação da população que não o elegeu) em nome da melhoria de qualidade de vida da população e em prol do crescimento do município.

    O tempo de blindagem do prefeito Gilmar Olarte se esgotou. Esse discurso mostrou-se mal rascunhado para esvaziar a instauração da Comissão Processante. A luz que se acendeu ainda que estejamos distantes do fim do túnel foi suficiente para desmascarar esse discurso.
    Definitivamente, “Vereador não gosta de Vereador”, gosta de ostentar um falso poder que não lhe permite enxergar que, ainda que esteja nú, suas vestes são crias de sua imaginação. Estes peões defendem apenas as peças de maior importância dentro do tabuleiro. O seu lugar é na caixa de descarte.
    Resta ao povo entender que por mais Reis, Rainhas, Bispos, Cavalos e Torres que tornem o jogo um exercício de inteligência, apenas ele, o Povo, tem o poder de manipular as peças.

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