quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Preso, Delcídio não demonstra preocupação com partido e mandato

Prioridade seria a defesa de acusações

O senador Delcídio do Amaral (PT) não está demonstrando preocupação com possível expulsão do partido ou perda de mandato por cassação via Senado. Pelo menos é esta a impressão deixada ao presidente estadual do PT, Antônio Carlos Biffi.

Indagado se o senador conversou sobre o assuntou ou se ele e deputados petistas fariam esta ponte, Biffi disse que este não é o foco do senador. “Para quem está preso, filiação partidária é a última coisa que vai pensar na vida. Cassação de mandato também não. Isso não é importante”, avaliou o petista.
Segundo Biffi, o senador está preocupado em levantar provas e rebater as acusações feitas contra ele. “A prioridade é mostrar para a opinião pública que não existe nada do que estão lhe acusando”, declarou o presidente do PT em Mato Grosso do Sul.
Ontem Delcídio recebeu a visita de Biffi e de três deputados federais eleitos na coligação de Delcídio no ano passado: Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT). Eles foram os primeiros, fora a família e assessores, que visitaram o senador desde a prisão, há uma semana.
Nesta terça-feira Delcídio teve duas derrotas significativas. Primeiro a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, negou pedido de habeas corpus. Depois foi a vez da oposição ao PT no Senado apresentar pedido de cassação do mandato dele.
A PGR (Procuradoria-Geral da República)  solicitou a prisão de Delcídio por tentativa de atrapalhar a Operação Lava Jato. A PGR apresentou gravação onde Delcídio explica para o filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, como seria o plano para ele escapar da polícia e de um acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal).
Em gravações, o senador aparece oferecendo R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró e um plano de fuga para que ele deixasse o país pelo Paraguai em direção à Espanha. O ex-diretor está preso em Curitiba.

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