terça-feira, 6 de outubro de 2015

Olarte diz que colaborou, e advogado descarta delação 'no momento'


Vice-prefeito deixou o local às 12h40, após depor e almoçar
  • Olarte deixa o Gaeco para retornar a cela na Cia. de Guarda e Escolta (Cleber Gellio)
  • “Prestamos todos os esclarecimentos. Estou sempre à disposição da Justiça, e o povo de Campo Grande vai concluir que estamos tranquilos, prestamos nosso trabalho e agora aguardamos nossa saída para estarmos juntos da família”, disse Gilmar Olarte (PP), vice-prefeito afastado do cargo de prefeito da Capital, já no começo da tarde desta terça-feira (6). Ele deixou a sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) às 12h40, após prestar depoimento e almoçar.

    O almoço, ao contrário do informado inicialmente, foi fornecido pelo Gaeco a pedido do advogado dele, Jail Azambuja, segundo afirmou o próprio. Isso porque o horário para almoçar na Companhia de Guarda e Escolta da Polícia Militar, onde Olarte está preso, já teria terminado, conforme disse o defensor.
    Ao sair, Olarte apenas fez a declaração e entrou na viatura da PM, que o aguardava no estacionamento, para retornar à cela que ocupa desde a sexta-feira (2). Segundo consta, o período da prisão temporária dele termina à meia-noite desta terça.
    O advogado disse que Olarte foi perguntado sobre o processo de cassação do prefeito, Alcides Bernal (PP), e o comportamento dos vereadores no caso – o depoimento durou duas horas e meia. Azambuja disse que o cliente respondeu o que já vem afirmando, ou seja, manteve conversas com políticos e até empresários antes de assumir a Prefeitura, “sobre o cenário político decorrente de u ma possível cassação”, mas nunca houve proposta ou tentativa de influenciar o voto dos vereadores.
    Pela versão de Olarte, nas palavras do advogado, partidos políticos também o procuravam para saber se teriam espaço na administração municipal. Definições neste sentido só ocorreram após a cassação, encerrou.
    Azambuja descarta, no momento, a possibilidade de um acordo de delação premiada junto ao Gaeco. “Nesse momento, ainda não”, respondeu o advogado quando questionado sobre o assunto.
    O depoimento desta terça, ainda na visão do advogado, não traz motivos para eventual pedido de prolongamento da prisão temporária de Olarte. Não há também, até o momento, manifestação do Gaeco neste sentido.

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