segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Em depoimento, Alex do PT afirma que irregularidades de Tapa-Buraco vêm da gestão de Olarte


Alex do PT em depoimento no MPE.Alex do PT em depoimento no MPE.
Assegurando que é rotineira a chegada de denúncias em relação ao serviço de tapa-buracos [como a que envolveu a empresa Selco, do empresário Abimael Lossavero, que supostamente executava o trabalho onde não havia buracos], em seu depoimento prestado ao Ministério Público Estadual o vereador Alex do PT confirma que a bancada de oposição à gestão Gilmar Olarte tentou, por diversas vezes, aprovação de requerimentos e criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar contratos e pagamentos, mas os requerimentos não foram aprovados pelo voto contrário da bancada aliada do prefeito afastado.
“Essas denúncias são antigas, mas nos últimos quatro, ou cinco anos, tornou-se uma espécie de “caixa preta” aqui no município em termos de prestação de serviços”, disse Alex.
O vereador atribuiu as dificuldades para que a Câmara investigasse os contratos de tapa-buracos a um sistema de monopólio [na verdade, cartel] entre as empresas participantes, lideradas pela Proteco do empresário João Amorim, investigado nas Operações Lama Asfáltica e Coffee Break.
Reafirmando o que havia dito a vereadora Luiza Ribeiro, Alex confirmou que entre a documentação entregue pela gestão de Olarte, não havia a medição dos reparos, mas que ficou evidente que a empresa era “praticamente” responsável por executar o serviço e fiscalizar. “Não havia uma comprovação de fiscalização (...) pode-se dizer que a empresa prestava o serviço e ela mesma estabelecia a quantidade e o valor a ser recebido”, afirmou Alex.
Sobre a possibilidade de conluio de servidores municipais, Alex disse que havia conivência, e que a estrutura é arcaica, pois deveria haver três responsáveis pela fiscalização da medição e, apenas um funcionário assinava todas as medições apresentadas pela empresa, somente após o final da confecção dos trabalhos, sem que houvesse fiscalização no local dos trabalhos. Nesse caso, eram assinadas por Parron [engenheiro João Parron Maria], de quem Alex disse não saber o prenome, ou de outros que tenham assinado o laudo, quando o correto seriam três assinaturas.
Mensalinho
Alex disse não ter conhecimento “dessa estrutura que funciona à parte”, porque sempre esteve no campo da oposição, esquecendo que foi líder durante o primeiro período da gestão de Alcides Bernal (PP). Mas afirmou que nunca ouviu falar de pagamento por fora. “Eu não posso falar e comprovar absolutamente nada nessa direção”, finalizou.


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