sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Empresário de MS recebeu R$ 2 milhões em propina para Lula, diz lobista


O empresário tinha uma dívida com a nora de Lula, e ela estaria cobrando o valor de R$ 3 milhões

O lobista Fernando Soares, conhecido como 'Fernando Baiano', relatou, durante a deleção premiada à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República, que repassou R$ 2 milhões ao empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, amigo pessoal do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva desde 2005. No depoimento, Soares afirmou que o dinheiro seria para pagar uma dívida da nora do ex-presidente.

Inicialmente, o lobista disse que o empresário estava sendo cobrado por uma das quatro noras de Lula e que precisava do dinheiro pagar uma dívida, referente a parcela de imóvel de uma delas, e precisava de R$ 3 milhões. Na época, Soares afirmou que só poderia pagar R$ 2 milhões.

De acordo com o Portal G1, Baiano fez o pagamento por meio de uma empresa representada por ele, para uma empresa de Bumlai. Para driblar a fiscalização, ambos produziram um contrato de aluguel de equipamentos e foram emitidas notas frias para efetivar o que seria um 'adiantamento de comissão'.

Esse 'adiantamento' seria referente a participação do empresário após incluir Lula no negócio de uma empresa criada para a fazer a exploração do pré-sal junto à Petrobras, a Sete Brasil. Por conta da inclusão, o empresário recebeu a comissão.

Em resposta, o Instituto Lula emitiu uma nota oficial sobre o caso. Na nota, Lula nega que teria autorizado o amigo a utilizar o seu nome sobre qualquer negociação. Na época em que Lula era presidente, o amigo chegou até fazer reuniões dentro do Palácio do Planalto.

Confira abaixo a nota na íntegra.


"O ex-presidente Lula nunca atuou como intermediário de empresas em contratos, antes, durante ou depois de seu governo. Jamais autorizou que o sr. José Carlos Bumlai ou qualquer pessoa utilizasse seu nome em qualquer espécie de lobby. Lula tem quatro noras e nenhuma delas recebeu, direta ou indiretamente, qualquer quantia ou favor do réu Fernando Baiano. É deplorável que a palavra de um réu confesso, sem amparo em fatos nem provas, seja divulgada mais uma vez de forma ilegal, com claro objetivo político".

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