Vereadores analisam defesa apresentada pelo pepista
A comissão processante aberta na Câmara Municipal de Campo Grande contra o agora vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte (PP), continuará seus trabalhos, mesmo diante do afastamento. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (8) pelo presidente do colegiado, João Rocha (PSDB), também escalado para presidir a Comissão Permanente de Ética, anunciada também hoje.
O afastamento de Olarte, determinado pela Justiça no dia 25 de agosto, gerou questionamento sobre a continuidade da processante na Câmara. No entanto, o entendimento da casa foi por manter os trabalhos, devido a condição judicial do caso, conforme explica Rocha.
De um lado, Olarte está afastado por força da Operação Coffee Break, que investiga esquema de corrupção para cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP). Este, por sua vez, foi reconduzido ao cargo graças a uma liminar de primeira instância, mantida em julgamento no TJ (Tribunal de Justiça) horas depois do afastamento do primeiro.
"O prefeito está afastado e pode voltar a qualquer momento, porque são decisões liminares da Justiça", diz João Rocha. Ele explica que a continuidade da comissão processante acarretará em uma decisão tomada com maior segurança, seja pelo arquivamento ou não da investigação.
Semana passada, Olarte apresentou defesa à processante, sem arrolar testemunhas. Agora, o relator da comissão, Paulo Siufi (PMDB), tem dez dias para analisar a documentação e, seja qual for o entendimento do colegiado, sobre continuidade ou arquivamento do processo, o parecer vai a plenário.
João Rocha confirma que, agora, a fase é de analisar a defesa de Olarte. A processante trata da denúncia, acatada pela Justiça, de que o pepista praticou corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ao usar cheques de terceiros e agiotas para levantar dinheiro em troca de vantagens na Prefeitura.
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