José Valeriano afirma que até o momento não conseguiu ter acesso aos autos do processo
O advogado José Valeriano, que defende o ex-secretário do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, revelou ao TopMídia News que está com dificuldade em obter os documentos sobre o inquérito para defender o cliente. Segundo ele, a Polícia Federal estaria criando 'uma política de obstrução' para que advogados não tenham acesso aos documentos.
"Estou com uma advogada há dias lá na Polícia Federal para que eu possa fazer a defesa do meu cliente. Eles liberaram até agora só para a imprensa, que ligam perguntando sobre o processo e fico impedido de falar porque não sei o conteúdo do processo. Até agora ainda não tive acesso a ele", revela indignado.
Valeriano explica que o vazamento de informações para a imprensa sobre a Operação Lama Asfáltica tem o objetivo de 'tumultuar o processo'. "Resta saber sobre a que interesse. Ou qual é o interesse político que está por trás disso. O meu cliente não foi indiciado e nem denunciado no caso".
A defesa ainda alega que, no dia em que a Operação Lama Asfáltica foi deflagrada pela Polícia Federal, computadores foram levados pelos agentes da Polícia Federal da casa de Giroto.
"Eles entraram na casa dele e levaram quatro notebooks. Isto é o que eu sei e até agora estou sem acesso ao inquérito. O que eu fico sabendo é o que sai pela imprensa e fico até perguntado para quem me liga o que tem mais neste processo que todo mundo já teve acesso, menos a defesa", finaliza.
Ao ser indagado se a defesa tentaria a delegação premiada de Giroto para colaborar com as investigações, Valeriano afirmou que a pergunta 'não teria cabimento' e reafirmou que o seu cliente não foi denunciado e nem indiciado no processo.
Durante a investigação da Operação Lama Asfáltica, Giroto foi flagrado em escutas telefônicas intermediando a sub-contratação da Proteco, de João Amorim, para a realização do Aquário do Pantanal. O ex-candidato a prefeitura de Campo Grande também aparece em supostas fraudes em contratos na pavimentação da MS-430 e na revitalização das avenidas Duque de Caxias e Ludio Martins Coelho, além de outras licitações investigada pela Polícia Federal.
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