segunda-feira, 27 de julho de 2015

Justiça condena dois por tentativa de fraude em vestibular de medicina


Os réus tentaram fraudar o vestibular de medicina da Uniderp/Anhanguera (Foto: Caroline Maldonado)Os réus tentaram fraudar o vestibular de medicina da Uniderp/Anhanguera (Foto: Caroline Maldonado)
A Justiça condenou Álvaro Pereira Filho e Rogério Meneses da Silva por tentar fraudar o vestibular de medicina da Uniderp Anhanguera, que ocorreu em 2010. Rogério usou um documento falso, em nome de Álvaro, para prestar a prova de acesso na universidade.

De acordo com o sentença, o caso ocorreu em novembro de 2010. Rogério não se pronunciou durante o depoimento policial, mas acabou confessando que tentou realizar a prova em nome do outro condenado, tendo recebido passagem de ônibus, hospedagem e dinheiro para cobrir todas as despesas em Campo Grande, pois morava em Goiás, onde cursava medicina.
Ainda revelou que eles não combinaram valores para realizar a fraude, tendo cometido o crime por “imprudência e imaturidade”. Álvaro não se pronunciou sobre o caso, mas foi confirmada a sua participação através dos relatos das testemunhas.
Mesmo não tendo concluído a prova, Rogério conseguiu obter a nota 8 na redação, então o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, observou que os réus poderiam lesar a universidade.
A 1ª Vara Criminal de Campo Grande julgou parcialmente procedente a punição, condenando o réu Rogério a um ano e dois meses de prisão e 18 dias-multa, sendo modificada a pena para alternativa, por conta da confissão espontânea. Ele pagará cinco salários mínimos e realizará serviço à comunidade pelo tempo de duração da pena estabelecida.
Álvaro foi condenado a um ano e sete meses de reclusão e 19 dias-multa, também realizando a pena em regime aberto com pagamento de 10 salários mínimos em prol da CEPA (Central de Execução de Penas Alternativas de Campo Grande) e prestação de serviço à comunidade.
2013 - No ano passado 22 pessoas foram detidas tentando fraudar o vestibular de Medicina da Uniderp/Anhanguera, usando aparelhos auditivos para receber as respostas da provas. Eles pagaram de R$ 300 a R$ 500 para a quadrilha, sendo que muitos vestibulandos não eram de Mato Grosso do Sul, como São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Minas Gerais.
De todos, 21 suspeitos pagaram fiança de R$ 2 mil e foram liberados. Somente um suspeito permaneceu preso.

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