domingo, 26 de julho de 2015

Em queda, Eduardo Cunha perde força na Câmara. A democracia agradece.





A suspeita de ter recebido propina no petrolão está prejudicando sensivelmente a força que Eduardo Cunha tinha quando foi eleito presidente da Câmara e nas sucessivas derrotas que impôs ao governo da presidente Dilma Roussef.
Os partidos de oposição, antes afinados com o deputado do PMDB, adotaram nos últimos dias uma posição crítica ou de distanciamento em relação ao presidente da Câmara.
A acusação do lobista Julio Camargo, de que Cunha teria recebido US$ 5 milhões em propina e a possibilidade de que ele seja denunciado pelo Ministério Público nos próximos dias, enfraqueceram visivelmente a liderança que detinha sobre seus pares, principalmente pelos deputados considerados do baixo-clero.
Após a notícia da suposta propina de US$ 5 milhões, a defesa pública de Cunha na oposição ruiu. À exceção do Solidariedade, os demais oposicionistas ou pedem o seu afastamento do comando da Câmara (PPS e PSOL) ou usam o discurso de que tudo deve ser investigado.
Cunha desde o início de sua gestão na presidência da Câmara, recebendo inclusive apoio de boa parte da mídia, não tinha limites, com inúmeras demonstrações de destempero e falta de respeito. 
A fase de brilho do habilidoso Eduardo Cunha chega ao fim, graças ao seu passado pouco recomendável que está vindo a tona. Não fosse isto, a democracia continuaria sendo violentada pela atuação do inescrupuloso parlamentar.

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