MS Vander Loubet mais uma vez se vê em maus lençóis, envolto em situação extremamente desconfortante e suspeita.
Inquérito que tramita no STF, oriundo da Operação Lava Jato, apontou que o deputado federal e o lobista Jorge Luz, suspeito de pagar propina ao ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) por um negócio fechado com a Petrobras, viajaram duas vezes no mesmo avião em duas viagens internacionais para o mesmo destino.
O deputado sul-mato-grossense já havia sido citado nos depoimentos das delações premiadas do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro AlbertoYoussef.
Jorge Luz também foi citado por Paulo Roberto Costa. Ele foi descrito como a pessoa responsável por emplacar a contratação, pela Petrobras, de uma empresa norte-americana especializada em fabricação de asfalto chamada Sargent Marine.
De acordo com Costa, ele ouviu do próprio Luz, a quem descreveu como "lobista com atuação na Petrobras há muitos anos", que o contrato lhe rendeu uma comissão e soube "pelo próprio Jorge Luz que este teria dividido a comissão com o deputado Vaccarezza".
Ele tomou conhecimento novamente do repasse "em uma outra reunião na casa de Luz, na qual conheceu pessoalmente Vaccarezza, quando ficou sabendo que Jorge teria repassado R$ 400 mil ao referido parlamentar".
De acordo com Costa, Jorge Luz "é muito próximo ao PMDB, especificamente ao senador Renan Calheiros [PMDB-AL] e ao deputado Jader Barbalho [PMDB-PA]".
No pedido de abertura do inquérito feito ao STF em março, a PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou que "não se pode entender as atividades de Cândido Vaccarezza sem as atividades desenvolvidas por Vander Luís dos Santos Loubet, nem as deste sem as daquele".
Loubet e Vaccarezza, segundo a PGR, aparecem "também vinculados à denominada Máfia do Asfalto.
As viagens de Loubet e Luz no mesmo voo ocorreram nos dias 27 de dezembro de 2010 e 23 de agosto de 2011 para Miami (EUA). A PF também localizou duas viagens de Loubet e Vaccarezza no mesmo voo – uma para Buenos Aires, na Argentina, em 8 de abril de 2011, e outra para Miami, em 11 de novembro de 2011.
Os depoimentos de outro delator da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, também apontaram na suposta relação de Loubet e Vaccarezza com o esquema montado na Petrobras.
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