sábado, 25 de julho de 2015

André Puccinelli e Edson Giroto, sócios há vinte anos




Um texto do Ministério dos Transportes afirma que o assessor especial Edson Giroto pediu afastamento das funções para "tratar de assuntos particulares".
Quem não acompanha o noticiário diário e por algum motivo não sabia que Giroto era homem forte num ministério do governo do PT, se surpreendeu com a notícia. O que faz o Giroto no governo do PT?
A resposta é simples. Ele está lá pela sua extraordinária competência. O ex-deputado federal é extremamente habilidoso na arte de armar esquemas.
Idos dos anos 90, o engenheiro Edson Giroto era um pequeno empreiteiro, dono de uma empresa de nome "Solus", que empreitava pequenas obras públicas. Um homem trabalhador, que tinha no seu círculo de amizade o então deputado federal André Puccinelli.
A amizade entre os dois cresceu e André passou a utilizar o seu prestígio político para conseguir obras para o amigo engenheiro. Formou-se uma sociedade de fato.
Com a eleição de Puccinelli para o cargo de prefeito de Campo Grande, em 1996, Giroto virou secretário de obras e assim, os negócios entre os dois amigos foram grandemente ampliados. Ambos se enriqueceram. Durante 16 anos de André Pucinelli a frente de administrações públicas - além de mais oito anos de Nelsinho Trad, também como prefeito de Campo Grande - Edson nadou de braçada, aprontou e desaprontou, faturou, fez negócios e negociatas, mandou e desmandou, ganhou muito dinheiro, se chafurdou na grana.
Nesta quinta-feira (9) a PF bateu na sua porta, ao melhor, arrombou a sua porta.
Ouvido pela imprensa de Campo Grande, o ex-secretário de obras, um tremendo e irritante cara de pau, teve a petulância de dizer o seguinte: “É pura exposição e sacanagem. Não tem mandado de prisão, nem nada. Só para ver se tinha documentos para esclarecer as investigações sobre a Proteco e sonegação fiscal do João Amorim. Não deixaram nem o menino que estava lá abrir a porta, entraram arrombando a porta. Não acharam nada, isso é circo puro”. 
E prosseguiu: "Vou ver com meu advogado como processar a Receita Federal e a Polícia por abuso de poder".
"Puro circo" é a ridícula ameaça do ex-deputado. Um sujeito envolvido em inúmeros escândalos, agora novamente alvo de investigações relacionadas a uma verdadeira quadrilha especializada em desviar recursos públicos, corrompendo servidores e fraudando licitações.  
O que se espera é que as investigações se aprofundem e cheguem nas inúmeras ramificações da quadrilha, que se estendem pelos demais poderes e que também foi responsável pelo golpe da cassação do prefeito de Campo Grande, para dar lugar a um pastor inconsequente e corrupto, que está destruindo a bela cidade morena.
José Tolent

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