quinta-feira, 3 de março de 2016

‘Sem comida, sem dinheiro e emprego’, catadores pedem abertura do Lixão


Após 5h de interdição da BR-163, os manifestantes cederam e aguardam o posicionamento da PMCG

Foto:Mariana Anunciação/Arquivo
Foto:Mariana Anunciação/Arquivo
O dia de ontem (2) foi marcado por manifestações dos catadores que continuam impedidos de trabalhar no Aterro Sanitário de Campo Grande. Mais de 200 pessoas bloquearam, durante 5 horas, o KM 350.7 da BR 262, no rodoanel da saída para Sidrolândia. Eles resolveram ceder, liberando a pista por volta das 15h de ontem, mas informaram que as mobilizações estão previstas para amanhã (4), caso a Prefeitura Municipal não se pronuncie.

Um dos representantes do grupo, Luís Henrique Berrocal, de 34 anos, contou que eles resolveram aguardar o posicionamento, após insistência da prefeitura, na qual informou ter entrado com pedido na Justiça para abertura do local conhecido como Lixão.

“Mandaram um representando, só falaram que estão aguardando a resposta da Justiça, por isso, resolvemos esperar hoje. Amanhã vamos interditar de novo, se não fizerem nada”, explicou Luís.

O representante comentou sobre as propostas do prefeito Alcides Bernal (PP) divulgadas, recentemente, em agenda pública, quando disse que ampliaria a UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos) - que atende 88 funcionários – e não comporta os 700 trabalhadores; ou  capacitaria os demais para atuarem no Proinc (Programa de Inclusão Profissional).


“Estamos esperando, mas somos contra o Proinc. Até agora, o prefeito não ofereceu nada de concreto, ele só sabe anunciar para a imprensa. A prefeitura até prometeu cesta básica, sacolão pra gente e nada. As famílias estão com medo, sem comida, sem dinheiro e emprego. Queremos trabalhar. Quem vai pagar nossas contas?”, questionou Luís, apreensivo com o futuro incerto.

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