Marcelo Salomão ficou de oferecer uma resposta para a categoria até o próximo dia 26
O novo secretário de Educação de Campo Grande, Marcelo Salomão, nomeado pelo prefeito da Capital Gilmar Olarte (PP), ainda não garantiu uma solução para acabar com a greve dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino). Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, no último domingo (19), a categoria se reuniu com o secretário que não apresentou uma maneira da paralisação ter um fim.
"Nos reunimos com o novo secretário e apresentamos a proposta que já havíamos decidido em Assembleia com a categoria, antes das férias do magistério", adiantou Geraldo.
Ainda segundo o presidente da ACP, durante a reunião Geraldo perguntou para Marcelo se ele teria autonomia para acabar com a greve e ele não teria respondido a pergunta, apenas recebeu a proposta do sindicato e ficou de oferecer uma resposta para a categoria até o próximo dia 26.
"Perguntei três vezes se ele tinha autonomia para resolver o problema, o secretário não respondeu nenhuma delas. Na prefeitura cada um faz o que quer e ninguém tem uma decisão política para resolver nosso problema", ponderou.
Os educadores pedem 13,01% de reajuste, aumento necessário para cumprimento da lei federal que estabelece o piso salarial dos professores. Eles estão em greve desde o último dia 25 de maio e tentam fazer um acordo com o município desde então, mas a administração se recusa a ceder.
No total, os professores estão em greve há 48 dias, contagem essa até o dia 10 deste mês. A paralisação foi suspensa por 15 dias durante as férias escolares. As aulas da rede municipal voltam dia 28 deste mês e existe a possibilidade da categoria ainda estar em greve no segundo semestre do ano letivo.
A prefeitura diz ao sindicato do professores que o município está em crise e não teria dinheiro para arcar com o que a categoria reivindica. "Dinheiro ele têm, não estamos pedindo nada demais, apenas o que é nosso direito, apenas queremos que a lei seja cumprida. Greve nunca é bom para ninguém, tanto para os educadores, quanto para os alunos. Queremos que a prefeitura cumpra a Lei", lamenta Geraldo.
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