Local virou ponto de distribuição de Drogas e uma verdadeira máquina de consumir verba pública
Com um investimento de R$ 2,3 milhões, as obras da segunda etapa da revitalização da Orla Morena ainda não ficaram prontas e a população pede agilidade na construção. Os moradores relatam que o local está virando um transtorno, pela grande quantidade de usuários de drogas e a falta de segurança. A Prefeitura Municipal de Campo Grande promete entregar a obra dentro de 60 dias, mas depois de tantas promessas, populares duvidam.
O dinheiro é um saldo de um financiamento juntamente ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID. Ao todo, a 'Orla Morena 2' incluiu a readequação do sistema viário da avenida Ernesto Geisel e da rua Eça de Queiroz, além da revitalização e a urbanização de 1 km da área remanescente dos trilhos, no trecho entre as ruas Plutão e Eça de Queiroz, com a implantação de ciclovia, pista de caminhada, áreas de lazer e descanso e paisagismo, interligando o futuro Centro Municipal de Belas Artes à Feira Central e à Esplanada Ferroviária.
Outro trecho do antigo traçado da ferrovia no centro da cidade que foi revitalizado (a Orla Ferrroviária) abrange a área entre a avenida Afonso Pena (na Morada dos Baís) até a Avenida Mato Grosso, perto da antiga estação ferroviária (a Orla Ferroviária).
(Prefeitura promete concluir obra em 60 dias. Foto: Geovanni Gomes)
O TopMídia News foi até o local e constatou a colocação de pedras de cores preto e branco. Uma passarela sobre a Avenida Ernesto Geisel e uma estação ferroviária já foram construídas. Mas de acordo com os moradores ainda é pouco, perto do que a prefeitura pretende concluir em um curto prazo de 60 dias.
Para o aposentado Júnior Carvalho, de 70 anos, que mora Vila São Luiz, localizada bem atrás da construção diz que a prefeitura precisa ter agilidade, pois a obra não possui segurança e está virando um ponto de drogas e ele não aguenta mais tanta 'enrolação'.
(Moradores da região dizem que muitos usuários de drogas frequentam o local. Foto: Geovanni Gomes)
"Moro aqui há mais de 40 anos, quando tudo aqui ainda era praticamente um brejo. E juro que preferia o brejo do que os usuários de drogas. O local está ficando violento, não existe segurança nos portões e durante a madrugada até carro entra na obra para comprar entorpecentes. O número de roubos por aqui só está aumentando, até ligações de presídios os moradores estão recebendo, está um verdadeiro caos, entra prefeito, sai prefeito e nós somos obrigados a viver com o descaso do poder público", desabafou o morador.
(Ruti diz que não aguenta mais a demora do poder público. Foto: Geovanni Gomes)
A dona de casa Ruti Alves Souza, 64, diz que a prefeitura demora tanto tempo para concluir a obra, que todo o dinheiro que já foi investido acaba indo pro lixo. "Eles constroem e param, quando voltam já passou tanto tempo que aquela obra que investiram dinheiro precisa ser feita novamente. É um absurdo usarem o dinheiro do povo desta forma", disse.
O Top Mídia News tentou entrar em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, mas até o fechamento desta matéria a equipe de reportagem não obteve resposta do município
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