segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Bernal cede e vai receber cheque da Câmara das mãos de João Rocha

Prefeito não queria solenidade para devolução de R$ 10,2 milhões do duodécimo

Vereador diz que Casa tem interesse em restabelecer bom relacionamento com prefeito, mas Bernal demonstra o contrário (Foto: Geovanni Gomes)Bernal cede e vai receber cheque da Câmara das mãos de João Rocha
Vereador diz que Casa tem interesse em restabelecer bom relacionamento com prefeito, mas Bernal demonstra o contrário (Foto: Geovanni Gomes)
Depois de muita insistência, o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador João Rocha (PSDB), finalmente conseguiu agendar um encontro com o prefeito Alcides Bernal (PP) para entregar o cheque no valor de R$ 10,2 milhões, referente ao duodécimo da Casa de Leis. A solenidade será realizada hoje, às 16h30, no gabinete do chefe do Executivo, no Paço Municipal.

Segundo João Rocha, os vereadores tentavam a agenda desde o dia 30 de novembro, mas não conseguiam entrar em contato com o Chefe do Executivo, que se manteve 'calado' durante todo o período.

"Não consegui uma resposta dele até o momento. Eu liguei, deixei recado, mandei mensagem via WhatsApp,  conversei com o vereador Cazuza (PP) para que fale com o prefeito, mas até agora eu não tive essa resposta.  Não vejo o porquê dele se manter assim, mas entendo que essa falta de resposta demonstra que ele não quer aproximação com a Câmara Municipal", afirmou Rocha, poucos minutos antes de confirmar o encontro.

Durante o impasse, Bernal rebateu que poderia ser encontrado hoje, em horário comercial, cumprindo expediente na prefeitura, mas que não via necessidade em realizar o ato simbólico, mesmo que a cerimônia seja comum em outras administrações. Na avaliação dele, o dinheiro deveria ser entregue direto à tesouraria do município.

Já Rocha afirma que tenta demonstrar, a todo momento, que o Legislativo pretende 'selar paz' e dar fim aos entraves com Executivo, levando em consideração que os vereadores aprovaram os projetos enviados pelo prefeito antes do recesso parlamentar.

"A Casa está tentando não falar, mas praticar bondade. Votamos todos os projetos que ele pediu, estamos buscando uma aproximação verdadeira porque críticas existem em todo lugar, mas evitar um relacionamento institucional é estranho. É estranho que ele não queira proximidade com o presidente da Câmara" afirma João.


Mesmo considerando desnecessário, Alcides atendeu o pedido do tucano e agendou a solenidade. Ainda assim, decisão não representa que líderes devem entrar em acordo já que o prefeito declarou ontem (3) que não vai prometer paz, lembrando que vai encontrar "situações diferentes".

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