sábado, 16 de janeiro de 2016

Professores 'abrem mão' de piso nacional para manter diálogo com Bernal

Depois de pressionar o Executivo sem sucesso no ano passado, ACP quer manter discussão apenas no aumento municipal

Mesmo que seja oficializado o reajuste de 11,36% no piso nacional dos professores, os educadores de Campo Grande já 'perderam a esperança' quando o assunto é aumento salarial, já que não conseguiram receber nem mesmo o reajuste do ano passado, de 13,01%.

A categoria passou o ano de 2015 pressionando o Executivo para cumprir a lei, realizando greves, solicitando o apoio de vereadores, diálogos na tentativa de um acordo, mas um novo ano se iniciou e as solicitações não foram atendidas.

Ao ter conhecimento sobre o anúncio do novo reajuste, os professores nem cogitam conversar com o gestor da Capital, prefeito Alcides Bernal (PP), já que mais um encontro foi agendado na tentativa de fazer com que o município conceda o aumento de 13,01%. 

De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), Lucílio Souza Nobre, o novo reajuste não será discutido com Bernal para não prejudicar as negociações mais antigas.

"Essa reunião que foi marcada para o dia 27 de janeiro será para discutir o reajuste do ano passado de 13,01%. Temos que levar em consideração que estamos em fase de negociação ao reajuste do ano passado, não adianta misturar os assuntos", diz o presidente. 

Ao que tudo indica, como Bernal vive ressaltando que a prefeitura não dispõe de recursos nem mesmo para atender o reajuste de 13,01%, uma nova batalha deve ter início entre os professores e o prefeito no mês de março, quando o Sindicato pretende convocar o prefeito para uma nova reunião.
  
"Essa discussão deve acontecer em março, não queremos misturar os dois assuntos, primeiro vamos resolver um e depois resolvemos o outro. O prefeito se comprometeu em fazer um acordo com a categoria e vamos aguardar para resolver o assunto que está pendente", diz o presidente. 

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