Em mais um dia de turbulência no mercado financeiro, a moeda norte-americana voltou a subir e fechou no maior nível em quase quatro meses. O dólar comercial subiu R$ 0,021 (0,51%) e encerrou esta terça-feira (19) vendido a R$ 4,055. A cotação está no maior valor desde 29 de setembro (R$ 4,059). A bolsa de valores teve pequena alta, mas as ações da Petrobras voltaram a cair para o menor nível em 13 anos.
O dólar comercial iniciou o dia em queda, chegando a abrir a R$ 4,006, mas reverteu a tendência ao longo do dia. Das 10h às 12h30, o câmbio operou perto da estabilidade, mas subiu a partir do começo da tarde até fechar na máxima do dia. A divisa acumula alta de 2,7% em 2016.
O dia não foi de tranquilidade no mercado de ações. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, iniciou com forte alta, mas diminuiu os ganhos ao longo do dia até encerrar com alta de 0,28%, aos 38.043 pontos. Diversas ações tiveram ganho, mas o desempenho foi afetado pelas ações da Petrobras, que caíram pelo segundo dia seguido e estão no menor valor desde 2003.
As ações preferenciais da petroleira, que dão preferência na distribuição de dividendos, recuaram 2,92% e fecharam em R$ 4,66. As ações ordinárias da Petrobras, que dão direito a voto na assembleia de acionistas, caíram 2,38%, para R$ 6,15. Os papéis não subiram, apesar de a cotação do petróleo no mercado internacional ter registrado leve alta nesta terça. O barril do tipo Brent, negociado em Londres, encerrou a sessão com alta de 0,95%, mas continua abaixo de US$ 30, em US$ 28,82.
O dia foi marcado pela divulgação do crescimento de 6,9% da China em 2015, a menor expansão em 25 anos. Depois da divulgação, o Banco Central do país asiático anunciou que vai injetar 600 bilhões de yuans no mercado para estimular a segunda maior economia do planeta.
A desaceleração da China afeta fortemente países emergentes como o Brasil. Isso porque o mercado chinês é grande consumidor mundial de produtos que o país exporta, como soja e ferro. Com as exportações mais baratas, menos dólares entram no Brasil, empurrando a cotação para cima.
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