quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Bernal declara guerra a sindicato e defende 'arrocho' de servidores

Segundo prefeito, Sisem está levando servidores ao erro e nem todos funcionários vão cumprir jornada de oito horas

Foto: Geovanni Gomes / Arquivo
O prefeito Alcides Bernal, do PP, declarou guerra ao presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores de Campo Grande), Marcos Tabosa, para defender o 'arrocho' dos servidores, com o aumento na jornada de trabalho de seis para oito horas. Segundo ele, o sindicalista está levando os funcionários da prefeitura ao erro para causar instabilidade com o estado geral de greve.

A declaração ocorreu na manhã desta segunda-feira (13), durante entrevista ao programa de rádio Tribuna Livre. Bernal afirmou que "está havendo má fé por conta de algumas pessoas que querem envolver os administrativos em uma situação inconveniente e desnecessária sobre a jornada de seis para oito horas de atividade".

Embora tenha feito a determinação por meio de decreto oficial, que foi publicado na última sexta-feira (8), o prefeito se contradisse ao negar as mudanças na carga horária. "Isso não existe [...] O que há é uma guerras de nervos que estão tentando criar", comentou.

Na semana passada, durante agenda pública, o próprio prefeito explicou que, devido a situação econômica do município, precisou fazer ajustes e por essa razão aumentou as horas dos trabalhadores. "Nós precisamos é que o serviço público funcione em sua plenitude. Para isso, estabelecemos as oito horas diárias sem aumento de despesas, a tal ponto que não prejudique o nosso objetivo, que é de fazer economia. Vamos otimizar os serviços dos servidores públicos", ressaltou.

Durante a entrevista, Bernal teceu críticas ao presidente do sindicato, Marcos Tabosa. "Fiquei sabendo que o presidente [Marcos Tabosa] tem feito reunião com o servidores e que levar a categoria ao erro. Cita paralisação e manifestação, mas não há nada de alteração", finalizou.

Resposta
A reportagem recebeu a seguinte informação da assessoria de imprensa da prefeitura sobre a declaração concedida pelo prefeito Alcides Bernal nesta manhã (13).

"A Prefeitura de Campo Grande revogou integralmente o decreto 12.646 de 28 de maio de 2015 que estabelecia aos titulares de cada Secretaria, Autarquia ou Fundação, autorizados a estabelecerem normas e procedimentos necessários ao cumprimento da jornada de seis horas diárias, aos servidores públicos municipais.

De acordo com o Secretário Municipal de Administração Ricardo Trefzger Ballock, a Prefeitura de Campo Grande precisa da força de trabalho com jornada de 8 horas para cumprir todas as obrigações com o atendimento ao público. “Não conseguimos cumprir todas as metas de trabalho com os servidores trabalhando 6 horas. O estatuto dos servidores diz que todos devem cumprir às 8 horas, ou seja, 40 horas semanais”, frisa o secretário.

O Secretário Ballock ressalta que a medida ainda não se aplica ao decreto 12.347 de 13 de maio de 2014, no qual continua autorizada a jornada de trabalho de seis horas ininterruptas, ou seja, de 30 horas semanais aos servidores administrativos da Secretaria Municipal de Educação, classificados na referência 1 a 13, em exercício nas unidades escolares e Centros de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino (Reme).

Segundo Ballock o decreto 12.646 tem algumas ressalvas e não atingem as categorias como professores, guardas municipais, médicos e outras categorias com formação específicas".

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