Revoltas e reviravoltas têm marcado a relação contraditória entre vereador Marcos Alex (PT) e Prefeito da Capital Alcides Bernal (PP). Há pouca mais de uma semana, petista abriu trégua a extensas trocas de farpas que anteciparam reunião de reconciliação entre o ex-líder do prefeito na Câmara Municipal e chefe do Executivo.
Depois de iniciar conversas amistosas para alinhavar aliança partidária para eleições deste ano, Marcos Alex voltou à linha de combate contra progressista ao defender sindicalistas que querem barrar contratação do Exército para execução de obras de recapeamento das vias públicas do município.
Em reunião, ocorrida nesta terça-feira (12), com representantes do movimento sindical ligado a construção civil, Alex do PT garantiu marcar audiência com Bernal, para discutir sobre a não contração de empreiteiras."Temos informações de que o desemprego pode chegar a 200 profissionais de maneira direta com essa 'suspensão' de contratação de empreiteiras para a realização das obras. Não podemos generalizar a situação e atribuir aos problemas anteriores de corrupção, que estão sob investigação, motivo para se evitar a contratação do setor privado”, disse petista.
Segundo vereador, a prefeitura tem de fiscalizar os serviços e não suspender contratações de empresas. “Cabe à prefeitura fiscalizar a realização do serviço e com qualidade, garantindo, assim, além do emprego no setor, também a qualidade dessa prestação de serviço”, defende Alex.
O posicionamento do vereador contra medida de contenção de gastos do Executivo pode provocar conflito de interesses. Nesta segunda-feira (11), Bernal rebateu criticas de sindicalistas negando que contratação de Exército estaria tirando oportunidades de empregos. “Está errado, isso não vai tirar emprego. Tem outras obras para serem feitas no município”, disse Bernal após assinar carta de anuência com Caixa Econômica Federal, que autoriza liberação de R$ 19 milhões para iniciar obras de recapeamento na Capital.
De acordo com prefeito,caso seja efetivada a realização das obras pela equipe do Exército, o Município terá uma economia de 20% no custeio das obras. Embora reconheçam economia aos cofres públicos da Prefeitura, sindicalistas alegam que a atitude de Bernal gerará "agravo social' no setor da construção civil. Segundo a categoria, com a não contratação de empresas especializadas para manutenção e recuperação de vias, o mercado de trabalho pode entrar em recessão. Conforme sindicalistas, em 2015 o setor amargou um dos piores momentos da história em relação a demissões.
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