Costa Rica e Três Lagoas ficaram dentro do ranking, mas a Capital só aparece em 277º lugar
Entre os 100 municípios com melhor qualidade de vida do Brasil, figuram apenas dois localizados em Mato Grosso do Sul, ambos do interior do Estado. Conforme o ranking nacional 2015 da IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal) promovido pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), os municípios de Costa Rica e Três Lagoas obtiveram os melhores resultados entre os 78 municípios de MS pesquisados.
A mais nova cidade do Estado, Paraíso das Águas, ficou de fora do levantamento. Campo Grande, por sua vez, só aparece na lista geral em 277º lugar e em 7º na lista das Capitais, mas não está nem no ‘top 3’ estadual. No ranking geral do IFDM, ocupam os primeiros lugares, pela ordem, as cidades de Extrema (MG), seguida de São José do Rio Preto (SP), Indaiatuba (SP), São Caetano do Sul (SP), Vinhedo (SP), Concórdia (SC), Votuporanga (SP), Paraguaçu Paulista (SP), Jundiaí (SP) e Santos (SP) – todas com alto nível de desenvolvimento.
O IFDM é um estudo que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de cinco mil municípios brasileiros em três áreas de atuação: emprego e renda, educação e saúde. Criado em 2008, ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. A edição de 2015 foi feita através dos registros oficiais de 2013, últimos disponíveis.
Os municípios de Mato Grosso do Sul apresentaram um quadro socioeconômico superior ao observado para o Brasil. Enquanto no país 68,1% dos municípios tiveram desenvolvimento alto ou moderado, no Mato Grosso do Sul esse percentual foi de 85,9% - 67 dos 78 municípios, ante 84,6% no ano anterior.
Entre os 10 maiores IFDMs de MS, os municípios apresentaram no mínimo grau de desenvolvimento moderado nas vertentes de emprego, renda e educação, e alto em saúde (com exceção de Chapadão do Sul). O município de Costa Rica, que na medição anterior estava na 11ª posição estadual, assumiu a liderança do Estado com avanços em todas as vertentes, com destaque para o crescimento de 21,5% em emprego e renda.
Embora Três Lagoas e a Capital tenham avançado no IFDM, cada um retrocedeu uma posição em relação ao ranking de 2014, em função do avanço do 1º colocado no último levantamento. Dourados e Corumbá, duas das cidades mais populosas do Estado, ficaram, respectivamente, no 11º e 42º na tabela estadual.
No outro extremo do ranking estadual, oito municípios permaneceram entre os 10 menores IFDMs do estado em relação à medição anterior: Sete Quedas, Ladário, Antônio João, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Japorã, Paranhos e Tacuru. Os únicos recuos observados no grupo dos 10 menores foram exatamente daqueles que ingressaram na lista: Nioaque e Santa Rita do Pardo, movimentos explicados principalmente pela queda do índice de emprego e renda.
O último município colocado no ranking nacional é Santa Rosa do Purus (AC), no 5.517º lugar - apesar do último senso divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontar que são 5.570 municípios brasileiros. A cidade possui mercado de trabalho formal estagnado; apenas 16,4% de seus docentes possuem nível superior, em contraste com 79% do país; e somente 7,9% de suas gestantes vão a mais de seis consultas pré-natal - conforme preconizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) - frente à média nacional de 61,8%.
Confira abaixo o ranking estadual:
Melhores índices de MS
1º Costa Rica
2º Três Lagoas
3º Campo Grande
4º São Gabriel do Oeste
3º Campo Grande
4º São Gabriel do Oeste
5º Naviraí
6º Rio Brilhante
7º Jateí
8º Chapadão do Sul
9º Rochedo
10º Aparecida do Taboado
Piores índices de MS
69º Santa Rita do Pardo
70º Nioaque
71º Sete Quedas
72º Ladário
73º Antônio João
74º Coronel Sapucaia
75º Aral Moreira
76º Japorã
77º Paranhos
78º Tacuru
Nenhum comentário:
Postar um comentário