Antonio Marques
As articulações na Câmara Municipal estão ficando mais acirradas para a formação da nova Mesa Diretora da Casa. Hoje dois projetos de lei deixaram de ser votados por falta de quórum na sessão. Não havia o mínimo de vereadores na Ordem do Dia, quando são exigidos pelo menos 15 no Plenário. Muitos parlamentares estavam no prédio, mas em reuniões paralelas. Nos bastidores, a informação certa é que o ex-presidente Mário César vai renunciar nos próximos dias.
No Plenário seriam votados o projeto de Lei n° 7.607/14, de autoria do vereador Carlos Augusto Borges, Carlão (PSB), para reservar vagas de trabalho para menores infratores atendidos em medidas socioeducativas pelas empresas vencedoras de licitação pública no município; e o Projeto de Lei n° 7.717/14, também prevendo reserva, para negros e índios, das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos e empregos dos quadros permanentes de pessoal da administração direta e indireta do município, de autoria dos vereadores Luiza Ribeiro (PPS), Thais Helena (PT) e Ademar Vieira Junior, o Coringa (PSD).
Ninguém admite que está participando de articulações para a definição da nova presidência da Casa, e quem fala sobre o assunto pede para não ser citado. Os dois nomes que estariam na disputa para obter o apoio dos colegas não mudaram, o atual presidente em exercício Flávio César (PTdoB), que era o vice-presidente da Mesa, e o vereador João Rocha (PSDB), que teria a força e o apoio do governadorReinaldo Azambuja, que é do mesmo partido.
Alguns colegas comentam que João Rocha, que comanda as comissões permanentes de Educação e a de Ética, além da Comissão Processante, estaria com certa vantagem em relação ao colega Flávio César, pois Rocha teria maior força nas negociações com os parlamentares.
Mesmo não admitindo a articulação, o vereador Otávio Trad, do mesmo partido, de Flávio César, foi o único que disse abertamente que se o Mário César renunciar e o colega de legenda colocar o nome à disposição, “fecho com meu grupo, com o partido”, garantiu.
Luzia Ribeiro (PPS) disse que se fosse seguir a linha sucessória, o correto seria Flávio César assumir a presidência, mas que não teria nada definido neste sentido, considerando que ainda depende da renúncia do ex-presidente.
O Campo Grande News apurou que Mário César estaria muito chateado com os acontecimentos, o que teria o levado a decidir a renunciar, o que pode ocorrer ainda nesta semana. O feriado prolongado deve ser de muita conversa e negociações de bastidores. A expectativa é que na próxima semana seja escolhido o novo presidente.
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