terça-feira, 12 de janeiro de 2016

MPE cede dois promotores para auxiliar Operação Coffee Break

Thalys Franklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freire terão prejuízo das funções, mas continuam em força-tarefa da Lama Asfáltica

O MPE (Ministério público Estadual) publicou nesta terça-feira (12) a cedência dos Promotores de Justiça Thalys Franklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freire para auxiliar o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nas investigações da Operação Coffee Break.

De acordo com a portaria, eles foram agregados ao gabinete da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) com prejuízo de suas funções, a partir de 7 de janeiro, quando acabou o recesso do Judiciário e as investigações foram retomadas pelo Gaeco. A transferência é por tempo indeterminado.

Apesar do acúmulo de função, eles continuam participando da força-tarefa da 29ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, que analisa os desdobramentos da Operação Lama Asfáltica, deflagrada pela Polícia Federal para investigar possível esquema de corrupção para direcionar licitações e fraudar medições de obras realizadas com recursos da União.

Thalys e Tiago foram convocados para auxiliar a Coffee Break após confusão envolvendo o chefe do Gaeco, promotor Marcos Alex Vera. Depois de suposta briga com o procurador-geral de Justiça, Humberto Brittes, que teria ficado descontente com relatório final das investigações inconclusivo, ele pediu o desligamento da instituição.

No entanto, dias depois, Marcos Alex afirmou em nota divulgada à imprensa que por "falhas de comunicação" ocorreram divergências internas, mas que o problema foi resolvido. Assim a PGJ revogou suas férias e determinou a realização de novas diligências para garantir um relatório mais consistente.

Também participam das investigações os promotores Marcos Roberto Dietz, Emy Louise Souza de Almeida e Claudia Loureiro Ocariz Almirão.

Prévia
Até o momento, são considerados suspeitos de associação criminosa o ex-governador André Puccinelli (PMDB), os ex-prefeitos Nelsinho Trad (PTB) e Gilmar Olarte (PP por liminar), os empresários Carlos Eduardo Naegele (Jornal Midiamax), João Amorim (Proteco Construções) e João Baird (Itel Informática); Fábio Portela (IMTI), Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato; além dos vereadores Mario Cesar (PMDB), Airton Saraiva (DEM) e Flávio César (PT do B).

Por formar um grupo criminoso que dialogava pessoalmente com os vereadores para conseguir votos no dia da cassação, o Gaeco solicitou o indiciamento por corrupção ativa de Gilmar Olarte, Mario Cesar, Flávio César, João Amorim, João Baird, Ayrton Saraiva e Fábio Portela.


Já os vereadores Paulo Siufi, Edil Albuquerque, Edson Shimabokuro, Eduardo Romero (Rede), Jamal Salém, Gilmar da Cruz (PRB), Chocolate (PTB), Carlão (PSB), João Rocha (PSDB) e o ex-vereador Alceu Bueno, teriam que responder por corrupção passiva.

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