quarta-feira, 8 de julho de 2015

Secretário afasta chance de reunião entre Olarte e professores, diz vereador


Categoria, em greve desde maio, protesta com pizzas na Câmara Municipal

Pouco antes, a sessão chegou a ser suspensa por conta de protesto de professores da rede municipal. Eles levaram pizzas ao plenário, reclamando do que dizem ser falta de ação dos vereadores em relação à campanha salarial dos docentes, e passaram a gritar quando foram orientados pela vereadora que preside os trabalhos, Thais Helena (PT), a se manifestarem apenas por meio de gestos.
Na visão da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), os vereadores são culpados pelo impasse, já que deveriam fiscalizar o cumprimento das leis por parte do Executivo. Os professores reclamam reajuste salarial de 13,01%, com base em lei que equipara o piso local ao nacional, dizendo haver descumprimento de tal legislação.
“Falei com o Paulo Matos, ele me disse que a chance de o prefeito receber os professores é zero, porque a questão está judicializada, então cabe à Justiça decidir”, disse Chiquinho. Antes, em discurso, o vereador Chocolate (PP) reclamou da situação: “os vereadores estão levando um puxão de orelha, enquanto o prefeito está lá tranquilo”.
A Prefeitura move ação no TJ (Tribunal de Justiça) desde o início da greve, que começou em 25 de maio, questionando a legalidade do movimento – obteve liminar limitando o número de grevistas. Na semana passada, o MPE (Ministério Público Estadual) opinou pelo agendamento de audiência de conciliação e, até o momento, não consta nos dados do processo encaminhamento neste sentido.
Os professores pedem 13,01% de reajuste. A última proposta da Prefeitura foi reajustar os salários em 8,5%, parcelados. 

  • Professores levaram pizzas para vereadores na sessão desta quarta (Wendell Reis)
  • A sessão da Câmara Municipal teve de ser suspensa, nesta quarta-feira (8), por conta de protesto de professores no plenário. A categoria, em greve desde o fim de maio, levou pizzas para os vereadores e, orientados a se manifestarem apenas por gestos, os docentes subiram o tom e passaram a gritar.

    Os trabalhos na sessão são presididos pela vereadora Thais Helena (PT). Em determinado momento, ela disse que os professores não podiam fazer tanto barulho no plenário, orientando-os a se manifestarem apenas por meio de gestos.
    A orientação serviu para exaltar os ânimos dos grevistas, que passaram a gritar, levando a vereadora a ameaçar suspender a sessão. O vereador Alex (PT) pediu que seja agendada reunião entre parlamentares e professores, ideia refutada pelos manifestantes: “já estamos cansados”, responderam, aos gritos, alguns deles.
    A sessão ficou suspensa por pelo menos dez minutos, sendo retomada após o plenário silenciar-se. Os professores levaram pizzas aos vereadores, como forma de protesto contra o Legislativo, por não ter havido, ainda conforme os grevistas, encaminhamento de solução para a campanha salarial dos servidores da educação.

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