Estão suspensos férias, horas extras e promoções para efetivos da Prefeitura de Campo Grande
O prefeito Alcides Bernal, do PP, prorrogou o decreto Decreto n. 12.528, de 6 de janeiro de 2015, que suspende vários benefícios e direitos destinados aos servidores municipais de Campo Grande. O decreto tem a validade até o dia 30 de abril de 2016. Nele estão previstos a suspensão de afastamentos ou cedências de servidores, além de concessões de pagamento de hora extras para prestação de serviços extraordinários, adicional por tempo de serviço profissional, só para citar alguns exemplos.
A lista ainda prevê o afastamento do gozo de férias, promoções horizontais e verticais, abono de permanência, além de diárias e passagens, sendo concedidas somente em caráter excepcional autorizada expressamente pelo prefeito municipal. O decreto foi, originalmente, assinado pelo prefeito afastado Gilmar Olarte, também do PP, e agora prorrogado por Bernal, no prazo em que iria deixar de ter validade.
O presidente Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande, Marcos Tabosa, afirmou que o prefeito Alcides Bernal descumpriu um acordo fechado com o Executivo, mais precisamente durante a administração do prefeito afastado Gilmar Olarte, do PP.
"Naquela época, a antiga administração mostrava para a gente qual era recuperação e tinha nos garantidos que o decreto duraria até dezembro e que em janeiro, ele não seria renovado. Daí vem o Bernal e prorroga o decreto por mais três meses. Isso é um absurdo", comentou Tabosa.
O presidente ainda relatou que a medida é contraditória. "A prefeitura recebe R$ 260 milhões por mês de arrecadação. Ele não paga os fornecedores, acredito que ele deve ter na conta em torno de R$ 400 milhões. Ele ainda disse que só paga esses fornecedores em abril, e ainda assim, vai pagar parcelado. Então, para onde está indo todo esse dinheiro? Ele está escondendo o jogo para a população, ele pode enganar até os vereadores, mas o sindicato ele não engana não. Nós vamos fazer protestos diretamente pelas redes sociais", dispara Tabosa.
Tabosa ainda relatou ao TopMídiaNews que deve convocar, para depois do dia 15 de janeiro, uma assembleia com os servidores para definir uma estratégia para pressionar o prefeito Alcides Bernal a reconsiderar o decreto. "A administração anterior pelo menos estava fazendo o arroz com feijão, mas essa..", finalizou.
13º salário
Essa não é a primeira ofensiva contra os servidores municipais efetivos da prefeitura. Em dezembro, o prefeito parcelou o 13º salários dos servidores em duas vezes. Parte deverão receber o benefício até o dia 15 de janeiro.
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